LIVRO: UM PEREGRINO EM MINHA PRAIA

segunda-feira, 3 de junho de 2013

ESTÊVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR

             

           Para organizar e facilitar a tarefa missionária dos discípulos, os doze apóstolos de Cristo, convocaram os demais, para que escolhessem sete varões, dotados de sabedoria, de comportamento irrepreensível, e cheios do Espírito Santo. Esses seriam os primeiros diáconos da igreja cristã.
          Dentre os escolhidos, Estêvão, um homem que se destacava também pela fé em Deus e através dele, revelava-se o grande poder de Deus. Realizava maravilhas e grandes sinais entre o povo.
         Conforme palavras do próprio Cristo, os seus seguidores fariam as mesmas feitos que Ele, e até maiores. Claro que depende da fé de cada um. Embora Cristo seja o Filho de Deus, conseguiu fazer poucos milagres em sua terra, não lhe faltando, para isso, o que é óbvio, fé e confiança total no Seu Pai do céu.
                Cristo também repreendeu seus apóstolos na sua falta de fé, pois, mesmo convivendo com Jesus, eram limitados em poder e confiança, por não se abandonarem por inteiro, em Espírito e em Verdade ao Supremo Poder: "Por que temeis, homens de pouca fé?" Essa frase foi dita por Jesus quando a tempestade e os ventos açoitavam a embarcação, enquanto o Mestre dormia em paz. Mat. 8:26.
                   Isso não ocorreu no caso de Estêvão, que confiou, não cegamente, mas, com lucidez, no Deus a quem servia, pois, segundo a Palavra, "O justo viverá pela fé." Gl. 3:11.
                 O ciúme, a competição e a inveja espiritual infelizmente, sempre estiveram presentes entre o  povo, mesmo entre o povo de Deus, como no tempo de Estêvão. Alguns da sinagoga, invejosos da sabedoria de Estêvão, por ter presenciado vários prodígios, insurgiram-se contra ele.
                Para tanto, foi ele acusado de blasfemar contra Moisés e contra Deus, assim, contrataram a dinheiro falsos testemunhas para depor contra ele e essa mentira prosperou, para alegria de seus inimigos.
                  Na gíria de hoje, aquelas pessoas, fizeram a cabeça do povo, até que os maiorais do templo conduziram-no ao Conselho. Lá chegando, algo inesperado aconteceu, pois, os que fixaram nele os olhos, viam o rosto de um anjo.
                    Em sua defesa, que serviria para agravar sua situação, Estêvão discorreu a História Sagrada, começando por Abraão, passando pelos patriarcas, por José no Egito, por Moisés, pela saga do povo de Deus no deserto, por Salomão na edificação do templo, a fim de mostrar a eles a nua e crua perseguição que sempre sofreram os eleitos de Deus.
                Então, acusou-os, comparando-os aos seus antepassados que resistiram ao Espírito Santo, perseguindo e matando aqueles que anunciavam a vinda do Salvador. Por mais esse motivo, os "juízes" se enfureceram, principalmente por terem sido acusados de descumpridores da Lei de Deus.
               Enquanto os inimigos pensavam em destruí-lo, Estêvão volveu o olhar aos céus e viu Jesus assentado à direita de Deus. Como aconteceu na execução de Cristo, fecharam os ouvidos à verdade e fecharam os olhos para a luz.
                Por tudo isso, expulsaram-no da cidade e o apedrejaram e depuseram seus vestidos aos pés de Saulo, que ainda não era o Paulo, o Apóstolo de Deus, mas perseguidor de cristãos. Enquanto era apedrejado, invocava os céus dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu espírito."
             Também Cristo, na cruz do calvário, entregou seu espírito ao Pai e pediu que perdoasse seus algozes. Estêvão, à beira da morte, disse: "Senhor, não lhe imputes este pecado."
               Assim é a vida e a morte de quem anda, vive e ama como Jesus andou e amou, porque só quem tem Jesus como modelo consegue ser fiel até a  morte e nunca renega seu Deus, por mais forte e dolorosas sejam as circunstâncias.

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