Importante como os Evangelhos sempre proporcionam comparações com fatos da vida do ser humano, em qualquer época: Muitas vezes, dentro de um projeto, ou mesmo em nossa rotina, tudo se mostra tranquilo, parece fluir sem obstáculos, aí sobrevém um contratempo, ou algo inesperado para nos tirar do prumo, do sério, ou mesmo para nos sacudir de nossa rotina. Muitas vezes é tão forte o que ocorre que precisamos mudar a direção de nossa vida. Nem precisa ser algum fato trágico, basta que seja imprevisto para causar movimento.
Nesse dia foi assim. De repente, nem o céu sinalizava que viria uma chuva tão desafiadora, mas ela veio e pegou a todos de surpresa, menos àquele que, tranquilo, sobre uma almofada, descansava nos braços protetores de Seu Pai. Dá até pra imaginar o quanto titubearam sobre acordá-Lo ou não, pois O tratavam com um solene respeito e não poderiam incomodar o seu Mestre e Senhor.
O medo é algo que move ou paralisa e, naquele momento, dada a situação do barco que se enchia e a precária condição humana, superaram esse limite e O chamaram: “Senhor, salva-nos que perecemos.” Imaginaram que Jesus não importava que suas vidas acabassem ali: “Não te importas que pereçamos?”. Quantas não são as vezes que uma pessoa, abalada em sua fé, se sente abandonada por Deus, mesmo Ele estando ali, pertinho, ao alcance de seu coração, mas não O sente. É questão de crer, somente!
Homens fortes, escolhidos, mas, humanos. Quando a nossa condição humana fala mais alto do que a espiritual, o medo, a angústia e a perplexidade são multiplicados. Chegou ao ponto em que ousaram acordar O único que poderia fazer alguma coisa, e que parecia não se importar. Isso pareceu ter levado uma eternidade. Jesus os admoesta: “Por que temeis, homens de pouca fé?” . Jesus se ergue, repreende os ventos e o mar e a bonança aconteceu.
Os discípulos haviam presenciado alguns milagres, sabiam de sua ligação espiritual “simbiótica” com seu Pai, mas, pela primeira vez, constataram Seu poder também sobre a natureza, de amainar tempestades e de deter os ventos e se maravilharam e temeram: “Que homem é este que até os ventos e o mar obedecem?”.
Não devemos ser tímidos na fé, precisamos confiar ousada e positivamente em Jesus, saber que anseia pelo nosso bem e por nosso conforto espiritual. Que revolve os céus e acalma ventos, envia chuvas de bênçãos e amaina perigosas tempestades por nós, os que cremos e O seguimos de perto.
Amém por isso!