LIVRO: UM PEREGRINO EM MINHA PRAIA

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

JESUS ACALMA A TEMPESTADE

(Mateus 8:18; 23-27; Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25)

 
Havia como sempre uma grande multidão em torno de Jesus. Quando Ele viu que era gente demais, sendo tarde, ordenou que passassem para a outra margem. Entrou no barco, seguido por seus discípulos, deixando para trás a multidão. Outros barquinhos os seguiam. Passado um tempo, Jesus, talvez cansado, dormia tranquilo sobre uma almofada, quando uma enorme tempestade sobreveio e insurgia contra o barco, cobrindo-o.
Importante como os Evangelhos sempre proporcionam comparações com fatos da  vida do ser humano, em qualquer época: Muitas vezes, dentro de um projeto, ou mesmo em nossa rotina, tudo se mostra  tranquilo, parece fluir sem obstáculos, aí sobrevém um contratempo, ou algo inesperado para nos tirar do prumo, do sério, ou mesmo para nos sacudir de nossa rotina. Muitas vezes é tão forte o que ocorre que precisamos mudar a direção de nossa vida. Nem precisa ser algum fato trágico, basta que seja imprevisto para causar movimento.
Nesse dia foi assim. De repente, nem o céu sinalizava que viria uma chuva tão desafiadora, mas ela veio e pegou a todos de surpresa, menos àquele que, tranquilo, sobre uma almofada, descansava nos braços protetores de Seu Pai. Dá até pra imaginar o quanto titubearam sobre acordá-Lo ou não, pois O tratavam com um solene respeito e não poderiam incomodar o seu Mestre e Senhor.
O medo é algo que move ou paralisa e, naquele momento, dada a situação do barco que se enchia e a precária condição humana, superaram esse limite e O chamaram: “Senhor, salva-nos que perecemos.”  Imaginaram que Jesus não  importava que suas vidas acabassem ali: “Não te importas que pereçamos?”. Quantas não são as vezes que uma pessoa, abalada em sua fé, se sente abandonada por Deus, mesmo Ele estando ali, pertinho, ao alcance de seu coração, mas não O sente. É questão de crer, somente!
Homens fortes, escolhidos, mas, humanos. Quando a nossa condição humana fala mais alto do que a espiritual, o medo, a angústia e a perplexidade são multiplicados. Chegou ao ponto em que ousaram acordar O único que poderia fazer alguma coisa, e que parecia não se importar. Isso pareceu ter levado  uma eternidade.  Jesus os admoesta: “Por que temeis, homens de pouca fé?” . Jesus se ergue, repreende os ventos e o mar e a bonança aconteceu.
Os discípulos haviam presenciado alguns milagres, sabiam de sua ligação espiritual “simbiótica” com seu Pai, mas, pela primeira vez, constataram Seu poder também sobre a natureza, de amainar tempestades e de deter os ventos e se maravilharam e temeram: “Que homem é este que até os ventos e o mar obedecem?”.
Não devemos ser tímidos na fé, precisamos confiar ousada e positivamente em Jesus, saber que anseia pelo nosso bem e por nosso conforto espiritual. Que revolve os céus e acalma ventos, envia chuvas de bênçãos e amaina perigosas tempestades por nós, os que cremos e O seguimos de perto.
Amém por isso!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CURA DE UM ENDEMONINHADO CEGO E MUDO



                             (Mateus 12:22 e Lucas 11:14)

As pessoas, à medida que os milagres iam acontecendo e a fama de Jesus como excelente profeta ia se espalhando, traziam cada vez mais inválidos para receberem uma cura. Certa feita, trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo. Jesus o curou, expulsando-lhe o demônio e todos se maravilharam com a sua libertação! Na verdade, não é toda doença e deficiência que é possessão demoníaca, mas, no presente caso, o era. Não adianta tentar expulsar o demônio de uma pessoa deficiente onde há causas biológicas racionalmente comprovadas, embora, curá-la Deus pode, se for  de Sua santíssima vontade e for resposta de fé.
Quanto mais presenciavam os feitos de Jesus, mais ainda alguns se irritavam contra ele e O acusavam. A cura desse endemoninhado foi um forte motivo para blasfemar contra Deus: alguns diziam que expulsava por Belzebu, príncipe dos demônios; outros, pediam um sinal dos céus para acreditar.
Refletindo sobre essa passagem, vemos que, quando se é descrente e rebelde, não adianta presenciarem-se maravilhas, que nunca será suficiente. Os milagres foram realizados para que os incrédulos cressem, porém, apesar de assistirem os acontecimentos, ainda pediam um sinal dos céus. Imaginemos se Jesus apenas pregasse sem revelar o poder de Deus através dos milagres, quem haveria de crer? Havia até os que seguiam a Jesus esperando pela multiplicação de pães! Mas essa geração presente não difere muito daquela, porque hoje se conhecem os fatos, divulgados à exaustão, e há ainda os que negam a Deus e não aceitam Jesus como suficiente Salvador! Que lástima!
Jesus lhes explicava que fazia os milagres pelo dedo de Deus e os blasfemos acusavam-nO de blasfêmia contra o Pai. Havia chegado a eles, os fariseus, o Reino do Altíssimo, via Jesus, mas estavam cegos demais pela superficialidade religiosa, pelo fanatismo que impede de ver e sentir com o coração, estavam chafurdados em conceitos, práticas e doutrinas humanas, suficientes para se alijar a si mesmo, totalmente,  de um poderoso  processo de cura e salvação! Pobres doutores, pobres mestres, pobres poderosos!
Jesus definiu perfeitamente aquela situação dizendo: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” V.23.  Com os olhos da fé não é difícil entender essa afirmação. Se um casal dentro de uma casa perderem a unidade, acabam se dissociando, se enfraquecendo e se divorciando. Como afirmou Jesus, um reino dividido, até mesmo do diabo, não subsistirá. Imaginemos o reino do amor e do bem dividido: a vida pereceria para sempre. Uma dissensão nos céus foi o suficiente para acontecer a maior e mais significativa rebelião conhecida, que transformou um ser de luz, na pior das criaturas que afeta a humanidade e a conduz para a decadência espiritual e à morte definitiva.
Diante daquela cura, Jesus ensinou aos presentes que quando um espírito imundo sai de uma pessoa, ele vaga por outros lugares, buscando repouso, e, não o encontrando, volta para a casa de onde saiu, mas não volta sozinho, traz outros sete espíritos malignos e voltam a habitar ali e a pessoa fica numa situação bem pior do que da primeira vez.
Uma citação bíblica como a cura daquele cego, deu margem para que Jesus esclarecesse muito sobre o Reino do bem e do mal e a gravidade de estar-se sob a batuta de Satanás, e sobre a tragédia humana que ele causa, tem causado e continuará causando, porque o diabo também não muda seus objetivos que é o de levar os filhos de Deus para a perdição eterna. O que devemos fazer é orar e vigiar para que o comando de nossas vidas seja outorgado ao Espírito Santo de Deus. Amém por isso!







segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O CENTURIÃO DE CAFARNAUM

 
 
 
 

(Mat. 8:5-13; Lc 7:1-10)



Um centurião na hierarquia militar romana era um membro do exército que comandava uma centúria, ou seja, um grupo de cem soldados. Era um posto importante, pois dava ordens para rápida execução, disciplinava e instruía a legião. Era uma pessoa respeitada na sociedade e, muitas vezes, condecorada.

Um servo de um comandante romano, centurião, jazia de cama, moribundo. Quando ouviu falar de Jesus e dos seus feitos, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo, que tanto estimava: "Senhor, o meu criado jaz em casa paralitico, e violentamente atormentado." Jesus lhe respondeu: "Eu irei e lhe darei saúde.".

Esses homens se aproximavam de Jesus e justificavam diante dele sobre o merecimento em receber essa graça, pois, amava aquela nação e edificara a sinagoga. Esse homem, apesar de romano, realizava boas obras, pois, de seus próprios recursos ergueu a sinagoga e também porque amava seu servo, o que era incomum entre os romanos que desprezavam e até usavam de crueldade para com seus subalternos. Era de comprovada humildade, se interessando por alguém sem prestígio na sociedade, que com nada poderia lhe retribuir.

Jesus os seguiu, porém, perto da casa, o comandante enviou uns amigos dizendo: "Senhor, eu não sou digno que entreis debaixo do meu telhado, e por isso ainda não me julguei digno de ir ter contigo; mas dize somente uma palavra e o meu criado sarará. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e a meu criado: faze isto, e ele o faz.".

Está muito claro nesse início de diálogo que o comandante romano sabia Jesus entrava novamente em Cafarnaum, depois de pregar o magnífico Sermão da Montanha. Sabia a quem buscava, quem era e o que poderia fazer pela sua casa, ou seja, pelo seu estimado servo. A fama de Jesus e Seus milagres se espalhavam entre o povo e o centurião sabia quem era Jesus.

Apenas aos olhos da fé alguém pode compreender o ministério de Jesus, a sua missão terrena e o Seu amor pelo ser humano. Aquele comandante sabia que Jesus, estando ligado ao Pai em poder, poderia curar seu empregado, mandando apenas com uma palavra. E que, com a autoridade concedida por Deus, não precisaria estar lá para que o milagre acontecesse: a Palavra é o poder de Deus. Isso serve para nós hoje, pois Deus não muda, como sua Palavra que também permanece. Basta crer para conhecermos seus efeitos em nossa vida!

Jesus se maravilhou com o que ouviu, tanto que disse para aqueles que O seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. Jesus completa dizendo que muitos estarão assentados à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus e que os outros serão lançados nas trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes.

Jesus promete estar conosco em nossas dores, livrando-nos da opressão do mal, de nossos flagelos físicos, existenciais e morais e ainda nos promete o melhor para os que O aceitam e obedecem, a vida eterna no Reino que para estes será preparado, desde a fundação do mundo.

"Vai e como crestes te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou" foi o que Jesus disse ao homem, agora tranquilo, porque acreditava naquele a quem buscou de coração aberto. A bênção e o milagre ocorrem segundo a nossa fé. Se a fé for pequena, devemos suplicar a Deus para que seja aumentada, pois tudo será feito conforme cremos.



 



 

 

sábado, 26 de outubro de 2013

CURA DA MÃO RESSEQUIDA



 

Mat. 12:9-13; Mc 3:1-5; Luc 6:6-10




                  Quando se está na presença de Deus, servindo ao bem, nossa mente e coração anseiam pelo que é bom, certo e justo. Pelas atitudes se conhecesse a pessoa e de que lado ela está, se do bem ou do mal". Conforme Jesus falou, pelos frutos se conhece a árvore: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que está cheio o coração, disso é que fala a boca." Lucas, 6: 43-45.

                Naquele dia, Jesus chegava outra vez à sinagoga, depois de Ele e seus discípulos terem sido recriminados por colher e comer espigas num dia de sábado. Novamente, sob a mira de acusadores, foi interrogado pelos judeus que assim o interpelaram: "É lícito curar nos sábados?".


               Jesus sabia o pensamento e o posicionamento dos escribas e fariseus diante da lei e, com extremada sabedoria, tocou num ponto crucial para eles, ou seja, um prejuízo material, na tentativa de fazê-los compreender. "Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela e a levantará? E continuou: "E quanto mais vale um homem do que do que uma ovelha"? É, por consequência lícito, fazer bem nos sábados."

                       Aquela gente vivia procurando uma razão para acusá-lo de desordeiro, violador da lei e sempre estavam na expectativa de presenciar um ato de transgressão ou impiedade diante de Deus. E, aquela ocasião parecia propícia, pois, estava presente na sinagoga um homem que tinha a mão direita ressequida (mirrada). Os fariseus e os demais observavam como Jesus iria se comportar diante daquele homem com deficiência, se o curaria ou não. Mas não deu outra. Jesus se aproximou dele e pediu que ele estendesse sua mão, enquanto olhava para todos em redor: "Levanta-te e fica em pé no meio". Prontamente ele atendeu e sua mão ficou perfeita e sã como a outra.
                 Muitas vezes, não adianta estender a nossa mão cheia de feridas emocionais, de calos existenciais, carente de dons, mas importa vir para o meio e permanecer de pé. No meio da perseverança em seguir Jesus, meio da disposição de caminhar com Ele e para o meio do desejo de amar a Deus, servindo prontamente e de coração ao nosso próximo.
                Jesus os interrogou dizendo: "Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?". O Senhor quis mostrar-lhes que, ao contrário do que praticavam, o sábado realmente foi reservado para o descanso do homem no Senhor, para que possa, principalmente, se dedicar ao bem e que nada de mal fazia que violasse a lei. Preservar a vida e libertar da opressão é uma tarefa a que o crente deve se dedicar em todos os dias de sua vida.
                Bastou aquele acontecimento para os fariseus, cheios de furor, se reunir em conselho contra Ele para O matarem. Mas Ele ignorou, retirou-se dali, seguido por uma grande multidão, e, sem se deter, curou a todos os necessitados, fazendo o bem aos necessitados, independentemente de ser sábado aquele dia.
                Jesus anseia por nos curar, trazer para nós qualidade de vida no sentido físico, moral e, principalmente, espiritual. Muitos buscam pela bênção material, quando na verdade, o de que necessitam primeiramente é de uma bênção espiritual. Buscar o Reino de Deus em primeiro plano acarreta para nós um acréscimo incontável de bênçãos, mas, muitos, erroneamente, buscam a solução de uma forma equivocada. Misericórdia, Senhor, para com todos!




                         

 
 
 
 

 
 
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O MILAGRE DA PESCA




Eis a cena: Jesus no centro da multidão que o apertava, buscando ouvir a Palavra de Deus. O local, o lago de Genesaré  Pescadores que desceram do barco lavavam suas redes. Não foi à toa que Jesus escolhe um dos barcos, ou seja, o de Simão, pedindo-lhe que se afastasse da terra. Isso foi feito e o Mestre se assentou para pregar.


Tendo terminado sua fala, mandou que Simão fosse para o alto mar e que lá lançasse suas redes. Ele lembrou ao Senhor que tentaram pescar a noite toda e que nada haviam conseguido, mas que "sobre tua palavra, lançarei a rede." Lc. 5:1-11.

Quando se obedece, a bênção acontece, o milagre vem. Se Pedro tivesse duvidado, zombado diante daquela sugestão, pois era experimentado naquele ofício, pedido para deixar para outro dia porque seria impossível, nada do que aconteceu sucederia. Apanharam tantos peixes que a rede se rompeu. A quantidade era tanta que tiveram que chamar os companheiros do outro barco para os ajudarem. Os dois barcos estavam tão pesados que quase vieram a pique.

Diante da maravilhosa obra das mãos de Deus, não há como não se comover. Simão ficou tão enlevado, tão emocionado, que sentiu no coração de dizer: "Senhor, ausenta-te de mim que sou um homem pecador.". Incrível que, quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais conhecemos a sua grandeza e nossa pequenez. Constrange-nos o amor de Deus para conosco. Só reconheceremos nossa condição de pecador, se nos destituirmos de nosso orgulho vão, esvaziarmos de nossas vaidades terrenas, reconhecendo nossa total dependência de Deus, pois, sem Ele, nada podemos fazer.

Todos estavam ali espantados com o milagre ali realizado, bem como os filhos de Zebedeu, Tiago e João. Nunca tinham visto tantos peixes, principalmente num dia em que não fora possível pegar nada, talvez devido às marés, ou às condições climáticas. Mas o poder de Deus sobre o tempo, sobre a natureza, sobre o universo, afinal, é indiscutível, é insofismável!

Depois disso, Jesus faz uma revelação grandiosa a Simão: "Não temas; de agora em diante serás pescador de homens.". E levando os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram.

O que revelou Jesus a Simão é-nos revelado a todos nós que somos discípulos de Jesus, que nos propomos no coração de sermos fieis à Palavra da verdade e a divulgá-la aos demais. Outra verdade revelada no final desse texto é que, para seguir Jesus é necessário levarmos nossos barcos para a terra e ancorarmos ali o nosso comodismo, a nossa indiferença, os nossos apegos, deixando tudo para trás e seguindo em frente, buscando saber e realizar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus!




 
 
 










JESUS EM BETESDA


                         





 
                         Depois de realizado o milagre da cura do filho do oficial do rei, Jesus subiu para Jerusalém, onde havia uma festa do povo judeu. Neste evento, acumularam-se pessoas junto à porta das ovelhas, onde havia cinco alpendres, buscando a cura de seus males. Entre a multidão, cegos, mancos e ressicados.



                       Havia uma crença entre os presentes que, quando a água era agitada, significava que um anjo a teria movido e a primeira pessoa que descesse a elas seria curada. Podemos imaginar a ansiedade daquele povo carente de bênçãos, que apostava tudo naquele ritual! De repente se atrapalhavam à beira do tanque, disputando um lugar que facilitasse a descida! Quanta expectativa e quanta dificuldade para se chegar até ali e enfrentar essa luta!

                          Também estava ali um homem que jazia na cama havia trinta e oito anos. Por certo, todos os anos estava ali, mas impedido pela sua falta de locomoção, estava alijado da disputa, excluído pela sua própria natureza e, com dificuldade, esperava anos a fio por um milagre que nunca acontecia. Essa é uma amostra do egoísmo que faz parte daqueles que buscam as bênçãos de Deus com engano. Impossível para um servo do Altíssimo ignorar uma situação dessas, não ajudando a quem precisa de uma força física ou espiritual extra.

                            Esse seria um dia especial para ele: naquele momento sua perseverança seria premiada. Eis que se aproxima dele um estranho e lhe pergunta sobre o seu mal: "Queres ficar são?" Qual não foi a surpresa daquele pobre homem, desesperançado, saber que alguém se importava com ele. A resposta proferida veio revelar todo o drama daquele que se sentia infelicitado por tantos anos: "Senhor, eu não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." A humildade é uma das características essenciais daquele que reconhece a Cristo. Jesus, mesmo sabendo o mal de que era vítima, não somente pelo que viu, pergunta àquele homem o que desejava, para que, falando, reconhecesse estar sob autoridade de Deus e necessitar do socorro.

Jesus, amando-o, disse neste momento: "Levanta, pega teu leito, e anda." Jesus não lhe disse, "deixa, que eu vou colocá-lo dentro do tanque". Se Jesus assim procedesse, o homem jamais saberia que a sua cura vinha da fé naquela crença, não dos céus. Assim saberia que aquela pessoa que se condoeu dele tinha parte na obra de Deus, mesmo sem saber que era o Filho de Deus.

                           A cura desse doente ocorreu num sábado. Era um dia em que a distância em que um judeu poderia andar era limitada. Nada podiam fazer de útil ou de necessário e honravam mais a esse mandamento do que ao próprio Deus. Vem o próprio Cristo, ordenando que se levantasse e carregasse sua cama! Jesus é Deus de provisão, mas é um Deus de maravilhas e de surpresas e contradita o entender humano.

                         Não demorou que os judeus viessem até esse homem que havia sido curado, ignorando naquele lugar a suprema obra de misericórdia realizada, preocupando-se em recriminá-lo por "trabalhar" num sábado. O homem retorquiu dizendo que o próprio que o curara ordenara que levasse o leito. Quiseram saber quem era esse que mandara violar a lei, mas o que fora abençoado não sabia quem era ele, porque se misturara na multidão.

                           Aquele homem foi e anunciou Jesus a todos, mesmo sem identificar quem era, porque a sua felicidade era muito grande e maior ainda sua gratidão. Muitos recebem bênçãos, mas se esquecem de testemunhar para outros as grandes graças, verdadeiros milagres realizados por Deus em sua vida, porque buscaram apenas pelo milagre, mas se esquecem do abençoador.

                            Que possamos ser filhos gratos a nosso Pai celestial, que tudo faz para que seus filhos se realizem como seres humanos, como pessoas que possam reconhecer e divulgar as bem-aventuranças, e amar e respeitar a Ele, louvando-O em espírito e em verdade, como o paralítico de Betesda!



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PURIFICAÇÃO DE UM LEPROSO











 
  (Mat. 8:2-4; Mc 1:40-45; Luc.5:12-16)


 
 
 
 
 

 
         Como sempre acontecia, uma multidão seguia Jesus. Era abordado por alguém que buscava uma cura, um alívio para seus males ou mesmo a paz para um espírito conturbado. Naquele dia, Jesus desceu do monte, quando um leproso se aproximou. Naquele tempo não havia cura para tal doença, como hoje, e é altamente contagiosa. Agregue-se a isso, um agravante maior, pois, acreditava-se que a pessoa era acometida pela lepra porque ela ou alguém de sua família havia pecado. Não somente a lepra, mas qualquer que fosse a deficiência física era considerada como castigo. A pessoa, por isso, era discriminada  e aviltada.


                 
                              Consta na Palavra que o homem primeiramente prostrou-se de joelhos e adorou a Jesus e, em seguida, clamou para que fosse "purificado", se assim Jesus quisesse. O termo era esse mesmo porque esse mal segregava as pessoas que eram removidas para as margens da cidade, por serem consideradas impuras, dependendo da caridade alheia para sobreviver. Longe da família, dos parentes, de sua vida civil, o sofrimento era muito grande. Não podiam aproximar-se nem tocar em ninguém.
          
                                Jesus reconheceu a humildade e a fé daquele homem que deve ter andado muito, enfrentado pessoas hostis pelos caminhos até chegar ao Filho de Deus. Quando o homem diz: "Se queres", é porque reconhecia que a vontade de Deus é superior à nossa e que devemos pedir o que precisar, se essa for a vontade do Pai. "Quero, sê limpo" se revelou como uma forma de Jesus dizer: você entendeu tudo, amado, é assim que se deve pedir e eu o aprovo diante de meu Pai.
                                 Assim como aquele homem, muitos de nós, antes de encontrarmos a Cristo, passamos por turbulências emocionais, físicas e espirituais, que nos consomem, mesmo que aparentemente nada nos falte. Pessoas que experimentam um encontro pessoal com Jesus igualmente passam por lutas, mas amparados e sustentados por aquele que ao mundo venceu.
                 
                               "Não o digas a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho." Foi essa a frase de Jesus após a purificação daquele que creu, porque conhecia quem o abençoava.  Naqueles dias, quando alguém era curado, deveria, segundo a lei, se apresentar ao sacerdote para testemunho daquela cura e deveria ser apresentada uma oferta de gratidão. Como Jesus não veio para violar a lei de Moisés, mas cumprir em todas as suas formalidades, orientou a ele que cumprisse conforme estabelecido.
                 
                               Jesus o proibira de divulgar o fato, mas, quem recebe a visita da misericórdia, dificilmente se mantém calado. É impossível receber um milagre de libertação completa desse tamanho e se emudecer. Como era de se esperar, saiu apregoando a todos que encontrava pelo caminho tudo que acontecera. Jesus o orientou a isso, porque sabia que a comoção popular dificultaria o cumprimento de Seu ministério, pois a partir dessa divulgação, Jesus não poderia, como não pode, entrar publicamente na cidade, conservando-se fora, pelas periferias e locais desertos, e os necessitados iam ter com ele, independentemente de onde se encontrasse.
        
                                 Outra reflexão interessante sobre o texto é que Jesus desceu do monte para encontrar um doente e limpá-lo. O Cristo igualmente desceu de seu trono de glória para habitar entre humanos, deficientes e defeituosos, para aliviar-lhes a dor. Devemos elevar nossos pensamentos a Jesus para que Ele desça em Espírito até nós e nos console e nos restaure, principalmente a nosso coração.
         "Novamente, Jesus retirou-se para o deserto e ali orava".







              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

                  

 

 

                              

 

 

 

 

 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A PRESENÇA DE DEUS NO CASAMENTO

       

              Pela benção conjugal, esposo e esposa se tornam uma nova e única unidade, mantendo-se, entretanto, características diferenciadas de cada um.   Numa união sem Deus, o respeito a essas diferenças parece-nos impossível.
              Sabemos que, “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” Salmo 127-1. O fracasso de uma relação reside no fato de que não existiu um convite ao Senhor para que fizesse parte dessa construção e manutenção da harmonia nesse lar.
             Nos casamentos felizes, existe o amor verdadeiro, bíblico, possível somente para aqueles que caminham com Deus.  Por isso, há tantos divórcios, até mesmo entre evangélicos. Já se diz que o contrário do amor não é o ódio, mas egoísmo, o que destrói as relações humanas, principalmente a vida a dois.
             Há lutas no casamento, mas, com oração, confiança e esperança no Senhor, superamos crises. Com Deus, existe a disposição de perdoar, restaurar e recomeçar o relacionamento pelos princípios divinos. Somente o Pai pode curar feridas e devolver os sonhos roubados e reavivar os sufocados

Se Deus é o centro da união, o casamento será santo e duradouro. O lar deve ser consagrado a Ele, observando-se os ensinamentos bíblicos; fora disso, não há prosperidade moral e espiritual na convivência. Quando seguimos o plano dEle, gozamos  das maravilhas do amor e segurança nesta vida, na expectativa de um lar perfeito na eternidade.

sábado, 12 de outubro de 2013

AINDA É TEMPO

"...Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim."

                         Você se entristece por se sentir distante de Deus? Acha que foi longe demais nos seus pecados e que não existe salvação para si? Deixou de orar e  não se sente de levantar a fronte diante de Deus?
                             Tenho uma bela notícia para lhe dar: Você está  na rota certa, apenas se desviou do Caminho... Mas é possível retornar e restaurar o que foi destruído pelos erros que se acumularam. A solução para tudo é Jesus. O passo inicial você deu, está arrependido. Mas não basta isso, clame por Ele. Por aquele mesmo que se fez carne e se abriu em chagas vivas, para que tenhamos vida em abundância.
                           Afirmo que Jesus lhe receberá de coração e braços abertos e tem o remédio curador para o aliviar de todos as mazelas físicas, mentais e espirituais. Sei que O conhece por ouvir falar, sabe até que morreu na cruz para nos salvar, mesmo sem merecermos, mas desconhece o que significa a salvação e o que andar na companhia dEle representa.
                Experimente, agora, chegue-se a Ele. Jesus está não apenas lhe aguardando, mas anseia por pegar você no colo e lhe fazer feliz! Antes que seja tarde!