LIVRO: UM PEREGRINO EM MINHA PRAIA

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PURIFICAÇÃO DE UM LEPROSO











 
  (Mat. 8:2-4; Mc 1:40-45; Luc.5:12-16)


 
 
 
 
 

 
         Como sempre acontecia, uma multidão seguia Jesus. Era abordado por alguém que buscava uma cura, um alívio para seus males ou mesmo a paz para um espírito conturbado. Naquele dia, Jesus desceu do monte, quando um leproso se aproximou. Naquele tempo não havia cura para tal doença, como hoje, e é altamente contagiosa. Agregue-se a isso, um agravante maior, pois, acreditava-se que a pessoa era acometida pela lepra porque ela ou alguém de sua família havia pecado. Não somente a lepra, mas qualquer que fosse a deficiência física era considerada como castigo. A pessoa, por isso, era discriminada  e aviltada.


                 
                              Consta na Palavra que o homem primeiramente prostrou-se de joelhos e adorou a Jesus e, em seguida, clamou para que fosse "purificado", se assim Jesus quisesse. O termo era esse mesmo porque esse mal segregava as pessoas que eram removidas para as margens da cidade, por serem consideradas impuras, dependendo da caridade alheia para sobreviver. Longe da família, dos parentes, de sua vida civil, o sofrimento era muito grande. Não podiam aproximar-se nem tocar em ninguém.
          
                                Jesus reconheceu a humildade e a fé daquele homem que deve ter andado muito, enfrentado pessoas hostis pelos caminhos até chegar ao Filho de Deus. Quando o homem diz: "Se queres", é porque reconhecia que a vontade de Deus é superior à nossa e que devemos pedir o que precisar, se essa for a vontade do Pai. "Quero, sê limpo" se revelou como uma forma de Jesus dizer: você entendeu tudo, amado, é assim que se deve pedir e eu o aprovo diante de meu Pai.
                                 Assim como aquele homem, muitos de nós, antes de encontrarmos a Cristo, passamos por turbulências emocionais, físicas e espirituais, que nos consomem, mesmo que aparentemente nada nos falte. Pessoas que experimentam um encontro pessoal com Jesus igualmente passam por lutas, mas amparados e sustentados por aquele que ao mundo venceu.
                 
                               "Não o digas a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho." Foi essa a frase de Jesus após a purificação daquele que creu, porque conhecia quem o abençoava.  Naqueles dias, quando alguém era curado, deveria, segundo a lei, se apresentar ao sacerdote para testemunho daquela cura e deveria ser apresentada uma oferta de gratidão. Como Jesus não veio para violar a lei de Moisés, mas cumprir em todas as suas formalidades, orientou a ele que cumprisse conforme estabelecido.
                 
                               Jesus o proibira de divulgar o fato, mas, quem recebe a visita da misericórdia, dificilmente se mantém calado. É impossível receber um milagre de libertação completa desse tamanho e se emudecer. Como era de se esperar, saiu apregoando a todos que encontrava pelo caminho tudo que acontecera. Jesus o orientou a isso, porque sabia que a comoção popular dificultaria o cumprimento de Seu ministério, pois a partir dessa divulgação, Jesus não poderia, como não pode, entrar publicamente na cidade, conservando-se fora, pelas periferias e locais desertos, e os necessitados iam ter com ele, independentemente de onde se encontrasse.
        
                                 Outra reflexão interessante sobre o texto é que Jesus desceu do monte para encontrar um doente e limpá-lo. O Cristo igualmente desceu de seu trono de glória para habitar entre humanos, deficientes e defeituosos, para aliviar-lhes a dor. Devemos elevar nossos pensamentos a Jesus para que Ele desça em Espírito até nós e nos console e nos restaure, principalmente a nosso coração.
         "Novamente, Jesus retirou-se para o deserto e ali orava".







              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

                  

 

 

                              

 

 

 

 

 

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