LIVRO: UM PEREGRINO EM MINHA PRAIA
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
FELIZ ANO VELHO?
Existe feliz novidade para o velho homem? Não acredito que uma virada no calendário possa realizar tantos prodígios na vida humana! Não se trata de um ângulo de visão pessimista, mas, nem num "tão fundo assim", reconhecemos que a mudança ocorre, quando nos decidimos mudar, quando nos apresentamos, abrindo a mente e coração, reconhecendo que nem sempre o que embaraça nossa vida é o outro. O que nos impede de prosperar, não só materialmente, muitas vezes, é nossa acomodação, muito mais que a falta de oportunidades. Que não conseguimos um novo amor, porque a exigência quase irreal e descabida de muitos fá-los ignorar aquela máxima: "a pessoa que se acha perfeita busca alguém perfeito e... irretocável" e o encontro e realização de seres, humanos e reais, fica para o ano que vem...Que não partimos para um novo emprego, porque passamos os dias reclamando do atual, dando o mínimo de nós mesmos, exibindo uma mediocridade que não faz parte de nós ou não deveria fazer...
Em janeiro, mudaremos, Deus permitindo, para a casa que construímos. Pois bem: se quisermos gozar de uma vida melhor do que a presente, não serão as paredes recém- pintadas que darão o tom do nosso humor e a qualidade da nossa convivência, mas, deixar para trás, não somente a mobília que não cabe ou é inadequada, mas os vícios cotidianos que tem perturbado a harmonia, incrementar nossa vontade de acertar, multiplicando o perdão e a paciência. Prostrar-nos ante o altar de Deus todos os dias, não nos limitando ao "ai, meu Deus!" do momento crítico.
" No que depender de vós, vivei bem com todas as pessoas" dizem sabiamente as Escrituras em Romanos 12, isso vale para outras esferas de nossa vida, substituindo o olhar para a casa alheia, voltando nossos olhos exigentes para nossa casa interior, renovando o que está velho e retirando o que não serve, que se acumulou debaixo do espesso tapete de nosso orgulho e vaidade que teimamos em não enxergar.
Se estamos dispostos e abertos à verdadeira renovação pessoal, para 2014, Feliz hum(Ano) Novo para todos nós e que Deus nos abençoe, poderosamente! Dora Tavares
" Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." Romanos 12:2.
A ORELHA DE MALCO RESTAURADA
A ORELHA DE MALCO RESTAURADA
(Lucas 22:49-51 e João 18:10)
“E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos a espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.”
Um dos que estavam com Jesus feriu o servo do sumo sacerdote com sua espada, e cortou-lhe a orelha direita. Esse fato aconteceu quando o traidor, Judas, aproximou-se de Jesus para beijá-Lo, conforme combinado. Jesus, ao presenciar aquela cena de incontinência emocional, repreende o agressor, dizendo: “Basta. E tocando-lhe a orelha o curou.”. Por desconhecimento da Palavra de Deus, muitos diziam que, quem teve sua orelha decepada, foi um soldado romano.
De acordo com o Evangelho de João, mais detalhista, o nome daquele que sofreu a agressão era Malco, um levita, futuro sacerdote, e, do agressor, Simão Pedro. Como sempre, esse apóstolo tentava resolver tudo de maneira atabalhoada e confusa, ainda não compreendera a missão de Jesus nesta terra e nem a sua própria, como um discípulo do Senhor. Mais uma vez, Jesus o repreende: “Mete a tua espada na bainha; não beberei eu do cálice que meu pai me deu?”.
Os que se posicionavam contra Jesus e ali estavam presentes eram os principais dos sacerdotes, capitães do templo e os anciãos. Estavam cheios de si mesmos, executando, conforme seus pensamentos humanos, um grande serviço para Deus: mas, o poder das trevas imperava neles e entre todos.
Segundo os historiadores, Malco acompanhava o sumo sacerdote para aprender dele o ofício, e seria ungido em breve. O sacerdote tinha de ser perfeito fisicamente, e não poderia lhe faltar uma orelha, muito menos, a direita. Era uma tragédia para quem estava aguardando a maior unção, a realização de seu grande sonho, de representar o povo diante de Deus. Seria o fim de uma brilhante carreira. A Lei de Moisés exigia a perfeição para o exercício do sacerdócio (Lv 22:17-23).
Mas Jesus sabia de tudo, se tocou com o desespero no coração daquele homem, além do que, não necessitava de quem o impedisse de cumprir sua missão de redimir a humanidade. O Senhor, especialista em restituir sonhos, repreende Pedro e lhe recupera a carreira.
Simão, inicialmente, pergunta “Senhor, feriremos a espada?”. Pela natureza de Pedro, antes de sua real conversão, intempestivo como era, não esperou a resposta do Mestre, que, seguramente, seria negativa. Pela emoção do momento, não seria difícil que ele, fosse apoiado, saísse distribuindo lances de espada e decepando cabeças. Mas não era esse o plano do Santo de Israel: “Mete a tua espada na bainha.”.
Meter a espada na bainha tem um sentido bem mais profundo: o de recuar, quando estamos nos jogando numa atitude impensada; retroceder, quando enveredamos por caminhos perigosos; parar para pensar, antes de tomarmos uma atitude duvidosa; conter-se. Essa foi a pior opção para aquele que veio nos ensinar a oferecer a outra face às investidas do agressor.
O Senhor não se abaixou, pegou o pedaço da orelha do servo do sumo sacerdote que caíra no chão e o recolocou, mas, tocou-lhe no lugar e refez o órgão. E é assim que o Senhor faz conosco: despreza a nossa porção corrompida que se espalha pelo chão e, pelo toque em nosso coração, somos refeitos, reconstituídos, restaurados em excelência, porque é Deus de amor.
O Senhor também disse “deixai-os”, por conhecer a ignorância daqueles homens letrados, mas desprovidos do verdadeiro conhecimento de Deus que produz discernimento e compreensão dos caminhos projetados por Ele, através da sabedoria concedida pelo Espírito Santo: eles não sabem o que fazem. E disse “basta”, porque pregou o amor e contra a violência e um ato de agressão, apenas, pode desencadear uma tragédia sem fim e não era e não é esse o plano de Deus.
Que possamos ser reestruturados no amor de Deus, que nosso coração partido pelas dores seja restaurado, que nossa alma carente seja reconciliada com o Pai, o Deus do impossível. Amém por isso!
terça-feira, 26 de novembro de 2013
JESUS AMALDIÇOA A FIGUEIRA
(Mateus 21:12 a 22; Marcos 11:12 a
14)
Jesus
saía de Betânia pela manhã, sentiu fome, pois, como homem, estava sujeito às
mesmas situações que nós. Olhou ao longe e viu como saciar sua fome, ao avistar
no caminho uma bela figueira, repleta de folhas. Animou-se. aproximando-se, viu
que nela não havia qualquer fruto, apesar da boa aparência. Não era tempo de figos.
Jesus a amaldiçoa, à vista de seus discípulos, por Lhe ter negado os frutos: “Nunca
mais coma alguém fruto de ti.”. E ela secou imediatamente.
Eles devem ter questionado em silêncio
o fato de Jesus cobrar daquela árvore uma atitude que não estava ao seu alcance
naquele momento. Eles entendiam literalmente tudo que Jesus falava, muitas
vezes necessitando de explicações, porque não discerniam pelo Espírito, ainda
se encontravam na carne. Mas se maravilharam com o que o Senhor acabara de
fazer. Mas Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e
não duvidar, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte
disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito; e tudo que
pedirdes na oração, crendo, o recebereis.”.
No Evangelho
de Marcos, cap. 10, vers. 45, Jesus explica uma entre as funções principais de
sua vinda a terra: Veio para servir e não para ser servido. Infelizmente, como
os fariseus, no tempo de Jesus, as pessoas adoram teorizar sobre os grandes
temas da humanidade, sobre os problemas que as afetam, sem, contudo, mover
"um dedinho" que seja, para
minorar aquela situação desfavorável, de seu "próximo" que esteja mais próximo. Entendemos que não dá para servir a distância,
sem entrar em contato com as pessoas. Não dá para servir sem envolvimento
pessoal. Serviço requer envolvimento. Amor, caridade, em seu sentido
intrínseco, é diferente de filantropia, que é um termo genérico.
"Não tenho tempo
como deveria", "não tenho estrutura psicológica", "sou
fraco para essas coisas" são as desculpas
clássicas de quem não pode ou não quer abrir mão de seus privilégios, do
conforto de sua cama, de sua rotina, que muitas vezes a está esmagando,
tornando-a um ser inútil aos olhos de Deus e aos olhos de seu próximo. Só teremos estrutura, só seremos
suficientemente fortes, nos manteremos de pé, apesar dos tropeços, se, como
galhos de uma árvore, estivermos ligados ao tronco, recebendo a seiva abençoada
que vem do Criador e nos faz fortalecidos para erguer os que estão caídos.
"Sem mim, nada podereis
fazer..." são palavras de Jesus em João 15.5: assim,
há varas que estão dando fruto e outras que não estão, por isso, temos
necessidade de manter a vara limpa, para que ela dê mais fruto. Conhecemos a
consequência na vida de quem não está frutificando. Ela serve para ser lançada
no fogo e queimada. E, se estamos dando fruto, Jesus fez um alerta em: João
15.2: "Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá
fruto, para que dê mais fruto". Lembremos-nos da passagem de
Jesus, onde o Mestre, cansado e faminto pediu à figueira que lhe desse um fruto
e ela se negou, razão por que Jesus a amaldiçoou para que ela secasse e nunca
mais frutificasse.
Podemos
extrair lições desse episódio: Primeiro, pertencemos a Cristo para darmos
frutos para Deus (Rm 7.4). Segundo, a inexistência de frutos espirituais no
crente comprova que não pode permanecer no meio do povo de Deus, portanto, é desarraigado
de Cristo. Jo15: 2. As obras não salvam somente Jesus salva, conforme preconizam
as Escrituras, mas fomos formados e talhados para as boas obras, para andarmos
segundo a vontade de Deus e se não estivermos fazendo parte do Reino, nossas
obras serão mortas. Primeiro temos de buscar o Reino, para que nossos frutos
sejam verdadeiros. Terceiro: a fé remove montes. Os discípulos se maravilharam
com algo que, com fé, também poderiam fazer e esse recado é para todos nós.
Num mundo em que as pessoas
gostam de serem servidas, Jesus nos apresenta um caminho melhor. Um caminho tão
necessário para esta geração do EU em primeiro lugar. “Isso me convém”, “isso me interessa”, “aquilo vai ser bom para minha
vida”, “isso pode me trazer algum ganho moral ou material" e por aí
afora.
Jesus propõe algo revolucionário:
Seja servo. Dê de si mesmo para os outros. Coloque a mão nas feridas e alivie o
outro da coceira ou da dor, lave o chão, cozinhe, lave os pés daquele que está
impossibilitado de fazê-lo. Uma palavra falada na dose certa, no momento
oportuno... Isso não diminui ninguém,
nem o torna menos importante. Jesus lavou os pés dos Apóstolos e o fez com amor
e doação. É muito fácil amar o belo, os bem-nascidos, os "perfeitos" perante os olhos
humanos, os de boa cabeça, os privilegiados da sorte, difícil é amar os menos
favorecidos, fazer algo pelos desprivilegiados da sorte, os pequeninos de Deus.
Mas imprimindo fé em tudo que se faça, pois sem a fé incondicional em Deus nada
faz sentido.
À luz disto, eu entendo porque, embora
sejamos uma geração de pessoas tão voltadas para si mesmas, somos infelizes. Por que será?
Enquanto não nos dermos por inteiro, sem amarras, sem preconceitos, com
todo o amor de que é possível ao ser humano, como reflexo da bondade do Deus
vivo, seremos vítimas de nosso próprio egoísmo: essa torre de marfim, esse invólucro
de cristal que nos põe a salvo do mundo, a serviço dos prazeres pessoais
mundanos...
Lutamos ainda pelos primeiros lugares, mas a alegria
duradoura só é alcançada, quando descemos do pedestal e passamos a servir. É no
serviço ao outro que encontramos realização.
O serviço voluntário, o dar sem esperar nada em troca é a base da nossa
verdadeira humanidade e felicidade. O servir tem as suas recompensas. Uma delas
é a alegria. Servir faz bem para saúde e para o coração.
Há uma grande diferença entre “ser salvo” e tornar-se “discípulo de Jesus”. A primeira é que a
salvação é de graça, mas a vida de discípulo tem um preço. Muitos querem apenas
a salvação, mas não desejam seguir a Jesus como Ele ordenou.
O instrumento aferidor para saber
se alguém é discípulo de Cristo é o amor: “Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Portanto,
coração e mãos à obra de Deus, com muita fé e confiança, naquele que promete e
realiza maravilhas no viver de cada um que acredita!
domingo, 24 de novembro de 2013
RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
(João 11:17-45
Pela distância entre as cidades de
Betânia e Jerusalém (quase quinze estádios), Jesus calculou que Lázaro, seu
amigo querido, estava há quatro dias na sepultura. Marta e Maria, irmãs do
falecido, eram consoladas pelos judeus. Sofriam muito, pois era seu único
irmão.
Infelizmente,
a morte foi o mais alto preço que pagamos pelo pecado cometido no Jardim do Éden,
quando nossos primeiros pais perderam a comunhão com Deus pela desobediência. A morte física é muito triste, transforma
pessoas alegres em desconsoladas; um lar tranquilo, num vale de lágrimas. Mas
ninguém escapa dela, não tem como evitar esse final doloroso na vida de todos
os seres viventes. Mas, a pior e definitiva é a morte eterna.
Em
Betânia, Marta e Maria sofriam terrivelmente a separação, até que Marta soube
que Jesus vinha e foi ao Seu encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
Desta vez, foi Marta quem se aproximou primeiro de Jesus. Maria também O amava
e confiava que, se estivesse presente, como de outras vezes, seu irmão não
teria morrido. E acrescenta: “Mas agora sei
que, tudo quanto pedires a Deus to concederá.”.
Os
três irmãos eram amigos muito chegados de Jesus e Marta aprendera convivendo
com a Misericórdia, que Deus tinha muito mais a oferecer do que poderia supor.
Aprendeu também que, tudo incluía,
inclusive, não deixar a seu irmão perecer. Jesus apreendeu o recado: “Teu
irmão há de ressuscitar.”.
Era
muito para aquele coração sofrido entender de pronto uma mensagem dessa
dimensão, por isso retrucou: “Eu sei que há de ressuscitar na
ressurreição do último dia.”. Ao ouvir isso, compreendeu que ela não
entendera profundamente o que poderia oferecer a ela naquele mesmo instante.
Infelizmente,
nós mesmos, os que conhecemos a Jesus, ainda teimamos em colocar obstáculos à
ação do Senhor em nossa vida. Não há impossível para Deus e, segundo a Sua
santíssima vontade, tem para nos oferecer e realizar por nós e em nós, muito
mais do que pedimos, pensamos ou
sonhamos.
Jesus
ousou um pouco mais e respondeu à Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê
em mim, ainda que esteja morto, viverá. Crês tu nisso? Disse-lhe ela: Sim,
Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao
mundo.”.
Marta,
porém, apesar de não ter entendido tudo, sabia o suficiente para crer.
Reconhecia que Aquele era o Filho de Deus que havia sido anunciado pelos
antigos profetas e que vinha com uma missão, a salvação do mundo.
Marta
saiu de perto de Jesus e foi chamar secretamente sua irmã Maria, dizendo que Jesus
a chamava. Apressou-se em encontrar com o seu Mestre. Até esse momento, Ele não
havia chegado à aldeia, ainda estava no mesmo lugar onde Maria o encontrara.
Os
judeus permaneceram com Maria, dentro de sua casa, consolando-a e viram que se
levantou e saiu apressadamente, seguiram-na, julgando que iria até a sepultura
do irmão para chorar. Estavam enganados, buscava por Jesus.
Maria chegou
onde Jesus estava, lançando-se a seus pés, disse: “Se tu estivesses aqui, meu
irmão não teria morrido.”. A exemplo de sua irmã, ela também conhecia o
poder e a misericórdia do Mestre e, como Filho de Deus tinha condição de
impedir a sua morte. Quem mais poderia fazer isso senão Ele?
Quando Jesus
viu Maria chorando, juntamente com os judeus que a acompanhavam, moveu-se de
compaixão e disse: “Onde o pusestes?”. Responderam: “Senhor, vem e vê.”. Jesus
chorou.
O choro de
Jesus diante da sepultura de Lázaro mostra com clareza a dualidade do caráter
do Filho de Deus: podia ressuscitar o amigo morto, pelo poder emanado dos céus;
como homem, na sua condição humana, se comoveu pela dor das irmãs e dos amigos
de Lázaro, por isso, chorou. Lamentou-se diante da tristeza da morte e por toda
a humanidade ali representada. Mas havia uma unidade no plano pessoal, sendo
sensível às dores do povo e se propondo a aliviá-las.
Os judeus se
dividiram diante da comoção de Jesus, pois, alguns se admiravam dizendo “Vede
como o amava”. Outros preferiam ironizar dizendo que,
“Não podia ele, que abriu os olhos aos cegos, fazer com que este não
morresse?”.
Diante de
tamanho desconhecimento dos planos de Deus para cada pessoa, o espírito se
moveu fortemente no Senhor. Jesus foi até a sepultura e pediu que removessem a
pedra que lacrava a caverna: “Tirai a pedra”. Como abrir a
sepultura após quatro dias? Era a pergunta que Marta fazia, porque,
logicamente, cheirava mal. Jesus, pacientemente respondeu: “Não te hei dito que, se
creres, verás a glória de Deus?”.
Nessa
passagem dá para avaliar como a fé dos seres humanos oscila entre altos e
baixos. Ao mesmo tempo em que Marta parecia confiar plenamente no Senhor,
duvida de sua palavra, quando questiona a sua atitude diante da sepultura.
Assim colocamos obstáculos desnecessários à ação do Espírito de Deus em nossa
vida.
Depois que
retiraram a pedra, Jesus olhou para os céus e agradeceu ao Pai por lhe ter
ouvido e completa: “Bem sei que sempre me ouves; mas eu disse isto por causa da multidão
que está em redor, para que creia que tu me enviaste.”. A confiança de
Jesus no Pai celestial se revelou mais uma vez total e irrestrita, pois a
intimidade e a sintonia entre ambos são perfeitas: “Eu e meu pai somos um.”. João 10:30.
Antes de Deus responder, Jesus sempre tinha a
certeza de que sua petição havia sido atendida. Mas era preciso convencer
aquela gente que O questionava sem razão e por ignorância. Mas a bondade e
misericórdia a tudo superavam, por isso, Jesus agia de acordo com os que o
rodeavam, para levá-los à compreensão, por puro amor.
“Lázaro, sai para fora”, clamou Jesus em altos brados, e o defunto saiu, envolto em
faixas e seu rosto, num lenço. Disse-lhes Jesus: “Desligai-o e deixai-o ir.”. Depois
dessas coisas, muitos dentre os judeus, que estavam com Maria, creram. Alguns
foram até os fariseus e narraram o sucedido, o que aumentou a sua preocupação
sobre Cristo, pois Ele fazia muitos sinais.
Hoje, a nossa
preocupação deve recair sobre aqueles que estão mortos em seus delitos,
acariciando pecados de estimação, como se não importassem. Jesus tem um plano
de ressurreição espiritual para cada um, por isso temos de levar a eles a
Palavra de salvação, para que se toquem e resolvam deixar o Espírito de Deus
agir sobre si, convertendo de seus maus caminhos, vindo a ter seus nomes
grafados no Livro da vida, para que não pereçam para sempre. Para Deus tudo é possível!
sábado, 23 de novembro de 2013
CURA DE UM HIDRÓPICO
(Lucas 14:1 a 6)
Era
sábado. Jesus entrara na casa de um dos principais dos fariseus para comer pão.
Como sempre, Jesus estava na mira dos fariseus e dos doutores da lei. Entre as
pessoas, um homem hidrópico, sofria de hidropisia. Essa doença caracteriza-se
por acumulação anormal de líquido seroso nas cavidades do corpo ou nos tecidos,
causando inchaço.
Antes
que fosse interpelado pelos seus acusadores, Jesus os interpelou: “É
lícito curar no sábado?”. Eles, porém, se calaram. Jesus o tomou,
curou-o e o despediu. Acredito que se
silenciaram para que Jesus seguisse em frente no seu intento, para ter mais um
motivo, forte para eles, de O condenarem.
Jesus curou o homem por compaixão, mesmo sabendo que, por esse ato, o
acusariam. A vida humana, Jesus mostrou,
é mais importante do que a sobrecarga que acrescentavam à lei de Moisés. A lei ordenava que não trabalhassem no sábado,
eles inventaram o resto. Preocupavam-se tanto com os pormenores, que esqueciam o
essencial: a lei do Amor!
Jesus,
conhecendo todos os pensamentos daquelas pessoas, disse: “Qual será de vós o que,
caindo-lhe no poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”.
Continuaram calados, sem ter o que dizer. Aquela gente era muito ligada aos
bens materiais e Jesus conhecia o coração de cada um deles. Não salvariam o
animal por compaixão, mas, por temer o prejuízo. Quanto mais não vale o ser
humano?
Essa
doença, popularmente conhecida como barriga d’água, é muito triste, pois, causa
uma má aparência, a água se concentra nos tecidos, sendo mais visível no ventre,
projetando-o. A pessoa sofre de dor abdominal difusa, perde o apetite, sente náuseas, tem dificuldade para respirar, principalmente quando se deita, por causa da pressão que o líquido exerce sobre o diafragma, segundo especialistas. como esse homem sofria!
Entre a vida e a desgraça, Jesus escolhe
a vida. Curar uma pessoa, libertando-a do mal é a prática do bem que deve prevalecer
sobre as outras determinações, porque Jesus quer que todos tenham vida em abundância.
Para a prática do bem, não existe momento ideal, nem hora, nem dia, mas sempre
que encontramos algum necessitado.
Para
praticar a cura e beneficiar essa pessoa, de quem nem sabemos o nome, Jesus não
esperou que ele pedisse, suplicasse com desespero, mas reconheceu o seu mal,
sentiu suas necessidades e se dirigiu a ele para acabar com aquele flagelo. É assim
que devemos agir, dirigirmos às pessoas carentes, talvez até de uma palavra
animadora, com sinceridade e não economizar no carinho e na dedicação. O melhor dos exemplos, Jesus nos deu: amar sem limites!
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
OS MILAGRES QUE JESUS NÃO CONSEGUIU FAZER
Quando eu morava numa cidade de interior de Minas, na década de setenta, antes de me mudar para a capital, era bastante conhecida onde vivi, por mais de dez anos. Trabalhei lá numa instituição pública, da qual sou aposentada, local em que me relacionei com alguns colegas, alguns menos, outros, mais, a verdade é que me dei a conhecer a todos.
Passado pouco mais de um ano, fui designada para fazer um trabalho de preparação para um concurso público naquela cidade, não por coincidência, porque havia outras cidades a escolher, mas o fiz de propósito, para rever os colegas. Quando cheguei à Rodoviária, vi na plataforma o motorista da Agência que olhava para dentro do ônibus, como que buscando por alguém. Gostei de vê-lo, cumprimentei-o, perguntando o que ele fazia ali, a quem esperava. Para minha surpresa, respondeu-me que fora buscar uma funcionária de Belo Horizonte, para encaminhá-la ao Hotel.
Jamais imaginei que seria recepcionada dessa maneira naquela terra, com tamanha distinção. Porém, a surpresa, ou desconserto dele foi maior, quando confirmei que essa pessoa era eu mesma, que não precisava esperar por mais ninguém. Mais tarde, na agência, soube que pensaram em várias pessoas com o mesmo nome, somente não pensaram que fosse eu.
Tudo bem, passou. Mas, por que me lembrei desse fato? “Naquele tempo, dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres”?”. Mt 13:54-58.
Como aconteceu a Jesus, e comigo, as pessoas não estão preparadas muitas vezes para aceitar as mudanças, principalmente com relação a crescimento, sucesso, seja ele em que plano for. Como conhecem a origem e a procedência, isso parece diminuir as chances de aquela pessoa se projetar ou se sobressair. No meu caso, se chegasse ali uma pessoa estranha, fora do círculo do conhecimento das demais, seria julgada mais inteligente e mais capaz para receber uma incumbência de tamanha importância e responsabilidade. No plano espiritual, esse problema é ainda bem mais sério.
“Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?“:
Se chegasse a Nazaré, um sacerdote de alta linhagem dos judeus, ricamente vestido, será que seria diferente? No caso de Jesus, sendo nazareno, filho de carpinteiro, com uma mãe chamada Maria como outras, cujos irmãos e irmãs viviam ali, poderia ter tanta sabedoria, dominar a Palavra de Deus, instruir, admoestar, e até curar? Quanta prepotência, pensaram, ninguém o viu estudar, frequentar escola! Quem é ele para que nele acreditemos? Mas era o mesmo que arrebanhava multidões nas cidades e vilas por onde passava, realizando todo tipo de milagre e muitos creram e cada vez mais aumentava a quantidade dos que criam.
“E ficaram escandalizados por causa dele, Jesus, porém disse: um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família. “E Jesus não fez ali muitos milagres, porque não tinham fé” Mt. 13:54-58. De acordo com Mc.6:5 e 6, Ele não pode fazer muitos milagres em Nazaré, curou poucos doentes, com imposição de mãos, admirado com tamanha falta de fé de seus conterrâneos. O poder de Deus não estava limitado ou fraco, nem era possível, mas eles mesmos limitavam em si a possibilidade de receber graças, por descrerem. Cada vez mais, Jesus abria portas de salvação para os gentios, que, ao contrário do Seu povo, cria nEle e, através dele, conheciam o Reino de Deus: "Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa" Mt 13:57; no livro de Marcos, é acrescentado: "entre os seus parentes" Mc 6:4.
É assim que Deus age, priorizando a fé, para que a pessoa perceba que remove montes, com certeza. Um exemplo disso é que, todos os dias, Deus distribui bênçãos para todos, como o sol e a chuva, indistintamente, faz crescer a semente, produzir o grão, para bons e maus, mas, ninguém se dá conta da bondade do Pai em seu dia a dia. Se distribuísse milagres a torto e a direito, ninguém valorizaria e nenhum propósito de Deus se cumpriria.
Quando Elias declarou que não choveria em Israel durante três anos e meio, aconteceu e, faltando alimentos, Deus mandou que o profeta fosse à casa da viúva em Serepta de Sidom, mulher gentia, e lhe levasse o socorro, apenas a ela, embora houvesse muitas outras viúvas naquela região. Também Naamã foi curado da lepra, quando se colocou na brecha para ser contemplado com a cura. Havia muitos leprosos até mais carentes do que o oficial, mas Deus tem um propósito para cada pessoa no tempo certo e por um motivo específico.
Vamos orar e suplicar a Deus que aumente a nossa fé, para que se agrade de nós e realize em nós e, através de nós, o Seu magnífico plano de amor. Louvado seja o Pai para todo o sempre!
Passado pouco mais de um ano, fui designada para fazer um trabalho de preparação para um concurso público naquela cidade, não por coincidência, porque havia outras cidades a escolher, mas o fiz de propósito, para rever os colegas. Quando cheguei à Rodoviária, vi na plataforma o motorista da Agência que olhava para dentro do ônibus, como que buscando por alguém. Gostei de vê-lo, cumprimentei-o, perguntando o que ele fazia ali, a quem esperava. Para minha surpresa, respondeu-me que fora buscar uma funcionária de Belo Horizonte, para encaminhá-la ao Hotel.
Jamais imaginei que seria recepcionada dessa maneira naquela terra, com tamanha distinção. Porém, a surpresa, ou desconserto dele foi maior, quando confirmei que essa pessoa era eu mesma, que não precisava esperar por mais ninguém. Mais tarde, na agência, soube que pensaram em várias pessoas com o mesmo nome, somente não pensaram que fosse eu.
Tudo bem, passou. Mas, por que me lembrei desse fato? “Naquele tempo, dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres”?”. Mt 13:54-58.
Como aconteceu a Jesus, e comigo, as pessoas não estão preparadas muitas vezes para aceitar as mudanças, principalmente com relação a crescimento, sucesso, seja ele em que plano for. Como conhecem a origem e a procedência, isso parece diminuir as chances de aquela pessoa se projetar ou se sobressair. No meu caso, se chegasse ali uma pessoa estranha, fora do círculo do conhecimento das demais, seria julgada mais inteligente e mais capaz para receber uma incumbência de tamanha importância e responsabilidade. No plano espiritual, esse problema é ainda bem mais sério.
“Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?“:
Se chegasse a Nazaré, um sacerdote de alta linhagem dos judeus, ricamente vestido, será que seria diferente? No caso de Jesus, sendo nazareno, filho de carpinteiro, com uma mãe chamada Maria como outras, cujos irmãos e irmãs viviam ali, poderia ter tanta sabedoria, dominar a Palavra de Deus, instruir, admoestar, e até curar? Quanta prepotência, pensaram, ninguém o viu estudar, frequentar escola! Quem é ele para que nele acreditemos? Mas era o mesmo que arrebanhava multidões nas cidades e vilas por onde passava, realizando todo tipo de milagre e muitos creram e cada vez mais aumentava a quantidade dos que criam.
“E ficaram escandalizados por causa dele, Jesus, porém disse: um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família. “E Jesus não fez ali muitos milagres, porque não tinham fé” Mt. 13:54-58. De acordo com Mc.6:5 e 6, Ele não pode fazer muitos milagres em Nazaré, curou poucos doentes, com imposição de mãos, admirado com tamanha falta de fé de seus conterrâneos. O poder de Deus não estava limitado ou fraco, nem era possível, mas eles mesmos limitavam em si a possibilidade de receber graças, por descrerem. Cada vez mais, Jesus abria portas de salvação para os gentios, que, ao contrário do Seu povo, cria nEle e, através dele, conheciam o Reino de Deus: "Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa" Mt 13:57; no livro de Marcos, é acrescentado: "entre os seus parentes" Mc 6:4.
É assim que Deus age, priorizando a fé, para que a pessoa perceba que remove montes, com certeza. Um exemplo disso é que, todos os dias, Deus distribui bênçãos para todos, como o sol e a chuva, indistintamente, faz crescer a semente, produzir o grão, para bons e maus, mas, ninguém se dá conta da bondade do Pai em seu dia a dia. Se distribuísse milagres a torto e a direito, ninguém valorizaria e nenhum propósito de Deus se cumpriria.
Quando Elias declarou que não choveria em Israel durante três anos e meio, aconteceu e, faltando alimentos, Deus mandou que o profeta fosse à casa da viúva em Serepta de Sidom, mulher gentia, e lhe levasse o socorro, apenas a ela, embora houvesse muitas outras viúvas naquela região. Também Naamã foi curado da lepra, quando se colocou na brecha para ser contemplado com a cura. Havia muitos leprosos até mais carentes do que o oficial, mas Deus tem um propósito para cada pessoa no tempo certo e por um motivo específico.
Vamos orar e suplicar a Deus que aumente a nossa fé, para que se agrade de nós e realize em nós e, através de nós, o Seu magnífico plano de amor. Louvado seja o Pai para todo o sempre!
RUTE E NOEMI
Elimeleque, homem judeu, era um mercador bem sucedido. Casado com Noemi tinha dois filhos varões, Malom e Quilion. Para fugir da fome que assolava Judá e da miséria vindoura, mudou-se com a família para Moabe.
Rute era uma princesa moabita, estava insatisfeita com a idolatria de seu povo, pois conhecia e amava o Deus verdadeiro, razão por que abriu mão de tudo, inclusive de seu título e foi morar entre o povo ao qual admirava e amava. Aproximando-se da família de Noemi, tornou-se sua amiga, até que seu filho pediu a Rute em casamento, o que muito a alegrou. O segundo filho de Noemi também se casara com uma mulher moabita, Orfa, ambas estrangeiras.
Passado um tempo, o esposo de Noemi morreu, bem como seus dois filhos, restando ela e suas noras. Sem hesitar, Noemi informou-lhes que voltaria para sua terra, Belém de Judá, porque soubera que a fome em Israel havia terminado. Disse que não poderia forçá-las a ir consigo, pois, voltando para a casa de seus pais, poderiam encontrar outro marido e refazer suas vidas. Choraram em altos brados, pois nenhuma delas queria a separação.
Orfa, ainda que muito triste, acatou a sugestão e apartou-se da sogra e seguiu seu caminho, voltando para seu povo e seus deuses. Rute, porém, chorou e implorou que a deixasse acompanhá-la, pois se apegara a ela e porque serviam ao mesmo Deus, ou seja, o Deus vivo e verdadeiro.
Noemi deixou sua terra para buscar vida e encontrou a morte para sua casa. Foi buscar dias melhores, mas se amargurou, se entristeceu, dizendo que não mais chamaria Noemi que significa amável, agradável, para se chamar Mara, amargura, amargurada. Estava revoltada inclusive com Deus, devido aqueles sofrimentos, julgando que Ele estava contra ela.
Enfim, as duas chegaram à Terra Prometida em tempos de colheita da cevada. Por estarem exaustas da longa viagem e com fome, Rute deixou Noemi descansando e partiu para o campo mais próximo, buscando alimento. Em Israel, era costume dos ceifeiros deixarem o cereal que fosse para o chão para os pobres e viúvas. Pela providência divina, o campo escolhido por Rute pertencia a Boaz, um parente de Elimeleque, falecido marido de Noemi.
Quando Boaz soube, através do feitor, que aquela moça era nora de Noemi, sendo ele parente de Elimeleque, recebeu-a com carinho e deixou que colhesse tudo de que precisasse, por ter sido generosa com a sogra, insistindo a que ficasse ali entre suas servas.
Rute voltou para casa carregada de cereais, razão por que Noemi, sua sogra, bendisse o nome daquele que a havia ajudado e, ao saber o seu nome, alegrou-se ainda mais, por ser seu parente próximo. Assim, Rute continuou na colheita do trigo e da cevada até que terminasse a sega.
No último dia, Noemi sugeriu a Rute que, quando Boaz se deitasse, ela descobrisse os pés daquele homem e deitasse ao seu lado e esperasse pelo que ele lhe dissesse. Ela assim procedeu e, quando ele deu pela presença de Rute, ela se fez reconhecer e pediu-lhe que a cobrisse com a capa. Ela informou-lhe que deveria ser o seu resgatador e, na manhã seguinte, sem tocar nela, encheu a capa de cereais e despediu-a.
O resgatador deveria ser um parente mais próximo, segundo o costume, que, comprando as terras que pertenciam à Noemi, deveria tomar a mão de Rute em casamento, mas o primeiro de direito não se interessou e transferiu o direito a Boaz, que comprou a terra e recebeu a mulher para si. Dessa união, nasceu Obede, que foi pai de Jessé e avô do salmista e rei, Davi. E da descendência de Davi, nasceu o salvador, Jesus. Quanta honra para quem se sentiu desprezada e perseguida por Deus!
Essa história era tão importante para a formação do povo bíblico que ela foi guardada e transmitida, oralmente, por vários séculos, até se tornar um documento escrito e incluído no livro sagrado de Israel.
Naquele tempo, como ainda hoje, o povo procurava cumprir as formalidades externas da lei, sem, contudo, relacioná-la à vida humana e suas carências básicas, a saber: o amor, a bondade, a compaixão... Foi nesse momento, que o povo crente fez uso da história de Rute, para mostrar às pessoas que o amor é mais importante que a letra da lei. A letra da lei é morta, se desassociada da obediência por amor. Seu cumprimento é necessário, pois nem um til passou dela, porém, não sejamos, apenas, legalistas.
Essa narração mostra também que Deus cuida de nós, dirige-nos em nossos caminhos, por isso, devemos entregar a nossa vida a Ele, sem dúvidas e sem reservas, pois Ele sabe o que é melhor para nós, e o tempo oportuno.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES
(Mateus 15.32-39; Marcos 8.1-9)
Os milagres continuavam se realizando
e, quanto mais proibia a sua divulgação, muito mais pessoas chegavam aos pés de
Jesus. Eram necessitados, tais como coxos, cegos, mudos, aleijados e outros que
eram curados. Não era para menos, nunca haviam visto poder nenhum transformar
aleijados em pessoas perfeitas, sem deficiência, por isso glorificavam o Deus
de Israel.
Jesus é a
própria misericórdia, pois, enquanto seus discípulos se mostravam despreocupados,
embora na primeira multiplicação, eles é que procuraram a Jesus para cobrar uma
atitude, Jesus se manifestou. Então, Ele os chamou e falou de compaixão,
dizendo que há três dias aquela multidão estava ali, longe da cidade, muitos
vinham de terras distantes e não podia despedir o povo com fome, pois poderia
desfalecer pelo caminho. Claro que, alguém intimamente ligado ao Pai do céu,
jamais esqueceria o cuidado com os semelhantes. Quem se diz amar a Deus deve
ter uma vida de comprometido com o amor, para não se fazer de mentiroso.
Os discípulos,
na sua incredulidade, novamente questionaram o Mestre, dizendo que não tinham
como conseguir pães para saciar a fome de tanta gente! Incrível porque era essa
a segunda vez que multiplicaria pães e peixes: Como poderiam questioná-Lo, se
haviam presenciado essa mesma situação e conheciam o Seu poder de
multiplicação? Mas Jesus ignorou esse detalhe, porque conhece a dureza de nosso
coração que, depois de sermos agraciados com tantas bênçãos, ainda temos
dúvidas se de novo virá ao nosso socorro em outras necessidades! Que seria de
nós sem a misericórdia de Deus?
Jesus foi
direto ao assunto: Quantos pães tendes? E eles lhe disseram: Sete e um pouco de peixinhos.
Era o suficiente. Jesus mandou que se assentassem no chão. Tomou os pães,
partiu-os e os abençoou; igualmente, tomou os peixes e, dando graças, os deu a
seus discípulos que distribuíram para todos. Um exemplo maravilhoso de Jesus para
todos nós, porque não comia sem ter dado graças aos céus. A gratidão é fundamental
e tudo que temos, que chega a nossas mãos é permissão de Deus, ou melhor, é
bondade de Pai para conosco.
Jesus poderia
fazer chover peixes e pães, como aconteceu com o maná que caiu do céu, quando da
peregrinação no deserto, quis multiplicar a partir de algo que existia, que
traziam consigo, ou seja, pães e peixes reais. Conosco também, Ele cuida de
multiplicar nossa fé, se o pedirmos; nossos dons, se os disponibilizamos,
nossas esperanças, se cremos; nossa capacidade de amar, se despojamos de nosso
egoísmo e vontade própria, e nos voltamos para o nosso próximo.
Todos
comeram e se fartaram e ainda sobraram sete cestos cheios. Isso porque Jesus
faz muito mais por nós do que carecemos, e aquelas pessoas, em número de quatro
mil homens, mais mulheres e crianças puderam seguir saciados. É assim que Jesus
faz: sacia-nos em nossas necessidades terrenas e, muito mais, nas espirituais,
pois nos preenche o espírito e despede o vazio do nosso coração. Após esses
acontecimentos, entrou no barco e seguiu para Magdala.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
CURA DE UM SURDO E GAGO
(Marcos 7.31-37)
Tendo curado a filha da mulher Cananeia,
Jesus deixou Tiro e Sidom, indo para o mar da Galileia, em Decápolis, região
habitada por gentios. O lago de
Tiberíades, ou de Genesaré, com cerca de treze km, de água doce, era chamado de
mar, ficava na Galileia, e havia povoamentos a sua volta. Foi lá que, segundo
os Evangelhos de Mateus e Marcos, Jesus arrebanhou quatro dos seus discípulos,
ou seja, Pedro e seu irmão André e os irmãos e João e Tiago.
Foi
também nesse lugar que lhe trouxeram um surdo que falava com muita dificuldade,
presume-se fosse gago, para quem o povo clamava pedindo a Jesus que impusesse
as mãos sobre ele. Não era apenas esse que desejava uma cura, muitos gritavam,
acenavam, tentavam chamar, se mostravam, mas Jesus preferiu dar uma atenção
especial e reservada a esse homem. Separou-o da multidão e a ele deu um
atendimento particular. Ele poderia tê-lo assistido ali entre tantos que
esbarravam e O comprimiam, mas preferiu separá-lo dos outros, permitindo-lhe
uma experiência pessoal consigo, o Cristo de Deus, porque é capaz de fazer mais
do que pedimos, pensamos ou sonhamos.
Assim também
hoje, há pessoas buscando por uma atenção diferenciada, um à parte que lhes conduza até Jesus e faça acontecer esse encontro. Mas, a indiferença, a falta de tempo, o
acúmulo de preocupações impedem que o papel de ministros e discipuladores de
almas, seja realizado conforme deveria: “E, tirando-o à parte de entre a multidão,
meteu-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe a língua. E, levantando
os olhos ao céu, suspirou e disse Effata; isto é, abre-te. E logo se abriram
seus ouvidos e a prisão da língua se desfez e falava perfeitamente.”.
Jesus o retirou
do meio da multidão, do rebuliço e da gritaria daquele povo, para mostrar que o
prezava de forma especial e de maneira particularizada o iria curar. Jesus, na
cura de um cego, certa feita, fez barro com a saliva e passou-lhe nos olhos. Havia
uma crença entre o povo que o cuspe poderia curar cegueira, mas Jesus fez
diferente, tocou-lhe a língua e ela destravou. Quando deixamos a cegueira da
incredulidade pela ação do Espírito Santo, passamos a ver por outro foco,
nossos ouvidos se abrem para a voz de Deus e nossa língua anseia por propagar o
Nome e os feitos de Jesus.
Jesus poderia
apenas dar um comando, mandar com uma palavra, mas sabia o que estava fazendo e
por que. Quando levanta os olhos para o céu, demonstrou claramente de onde
originava o Seu poder, do alto. Assim se
colocava como submisso ao Pai do céu, dando-nos o exemplo. Todos pediram que o
curasse pela imposição de mãos, mas preferiu de outra maneira, por que para
cada caso e pessoa Jesus imprimia a mesma misericórdia, porém, por diferentes
métodos.
Aquele homem
era um impossibilitado de se expressar com clareza, necessitava de outros para
ouvir por ele e de interceder pelos seus desejos. Jesus tem preferência pelos
que se abandonam em total dependência, como foi o caso do homem paralítico que
precisou de outros para atravessar o telhado com sua cama; do outro aleijado
que precisava mergulhar no tanque de Siloé e não havia quem o arremessasse nas
águas, os que reconhecem que Deus é a saída para sua vida. Também o caso do
centurião que rogou por seu servo, o pai que rogou pela filha moribunda e vários
outros. Privilegiou essas situações para mostrar a necessidade e o valor de que
alguns intercedam pelos outros, que é a demonstração de amor ao próximo, consequentemente,
de amor a Deus: a intercessão tem valor dobrado, pois abençoa a todos.
O que se
repetia em vários casos era o pedido de Jesus para que nada dissessem aos
outros, não divulgassem o ocorrido, mas em vão: quanto mais proibia, mais
divulgavam. Mesmo sabendo que iriam desobedecer, Jesus os advertia sobre isso, para
alertá-los, talvez por questão de segurança e proteção, ou mesmo para se evitar
conflitos com os opositores radicais, porque a quase maioria que buscava a Jesus
era gentia e isso pesava negativamente contra o povo e contra a continuidade da
obra de Jesus.
“Admirando-se sobremaneira, diziam:
Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.”
Deus seja louvado hoje e para todo o
sempre!
terça-feira, 5 de novembro de 2013
CURA DA FILHA DA MULHER CANANEIA
(Marcos 7.31-37)
Tendo curado a filha da mulher
Cananeia, Jesus deixou Tiro e Sidom, indo para o mar da Galileia, em Decápolis,
região habitada por gentios. O lago de
Tiberíades, ou de Genesaré, com cerca de treze km, de água doce, era chamado de
mar, ficava na Galileia, e havia povoamentos a sua volta. Foi lá que, segundo
os Evangelhos de Mateus e Marcos, Jesus arrebanhou quatro dos seus discípulos,
ou seja, Pedro e seu irmão André e os irmãos e João e Tiago.
Foi
também nesse lugar que lhe trouxeram um surdo que falava com muita dificuldade,
presume-se fosse gago, para quem o povo clamava pedindo a Jesus que impusesse
as mãos sobre ele. Não era apenas esse homem que desejava uma cura, muitos gritavam,
acenavam, tentavam chamar a atenção, mas Jesus preferiu atender a esse homem.
Separou-o da multidão e a ele deu uma assistência particular. Ele poderia ser
atendido ali entre tantos que esbarravam nele, mas preferiu separá-lo dos
demais, permitindo-lhe uma experiência pessoal consigo, o Cristo de Deus,
porque é capaz de fazer mais do que pedimos, pensamos ou sonhamos.
Assim
também hoje, há pessoas buscando por uma atenção diferenciada, um à parte que lhes conduza até Jesus e
faça acontecer esse encontro. Mas, a
indiferença, a falta de tempo, o acúmulo de preocupações impedem que o papel de
ministros e discipuladores de almas, seja realizado conforme deveria: “E,
tirando-o à parte de entre a multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos; e,
cuspindo, tocou-lhe a língua. E, levantando os olhos ao céu, suspirou e disse
Effata; isto é, abre-te. E logo se abriram seus ouvidos e a prisão da língua se
desfez e falava perfeitamente.”.
Jesus o
retirou dali, do rebuliço e da gritaria do povo, para mostrar que o prezava de
forma especial e de maneira particularizada o iria curar. Jesus, na cura de um
cego, certa feita, fez barro com a saliva e passou-lhe nos olhos. Havia uma
crença entre o povo que a saliva poderia curar cegueira, mas Jesus fez
diferente, tocou-lhe a língua. E ela destravou. Quando deixamos a cegueira da
incredulidade pela ação do Espírito Santo, passamos a ver por outro foco,
nossos ouvidos se abrem para a voz de Deus e nossa língua anseia por propagar o
Nome e os feitos de Jesus.
Jesus
poderia apenas dar um comando, mandar com uma palavra, mas sabia o que estava
fazendo e por que. Quando levanta os olhos para o céu, demonstrou claramente de
onde originava o Seu poder, do alto. Assim se posicionava submisso ao Pai do céu, como
humano, dando-nos o exemplo. Todos pediram que o curasse pela imposição de
mãos, mas preferiu de outra maneira, por que para cada caso e pessoa Jesus
imprimia a mesma misericórdia, porém, por diferentes métodos.
Aquele
homem era um impossibilitado de se expressar com clareza, necessitava de outros
para ouvir por ele e de interceder pelos seus desejos. Jesus tem preferência
pelos que se abandonam em total dependência, como foi o caso do homem paralítico
que precisou de outros para atravessar o telhado com sua cama; do outro
aleijado que precisava mergulhar no tanque de Siloé e não havia quem o
arremessasse nas águas, os que reconhecem que Deus é a saída para sua vida. Também
o caso do centurião que rogou por seu servo, o pai que clamou pela filha
moribunda e vários outros. Privilegiou essas situações para mostrar a
necessidade e o valor de que alguns intercedam pelos outros, que é a
demonstração de amor ao próximo, consequentemente, de amor a Deus: a
intercessão tem valor dobrado, pois abençoa a todos.
O que se
repetia em vários casos era o pedido de Jesus para que nada dissessem aos
outros, não divulgassem o ocorrido, mas em vão: quanto mais proibia, mais
divulgavam. Mesmo sabendo que iriam desobedecer, Jesus os advertia sobre isso, para
alertá-los, talvez por questão de segurança e proteção, ou mesmo para se evitar
conflitos com os opositores radicais, porque a quase maioria que buscava a
Jesus era gentia e isso pesava negativamente contra o povo e contra a
continuidade da obra de Jesus.
“Admirando-se sobremaneira, diziam:
Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.”
Deus seja louvado hoje e para todo o
sempre!
sábado, 2 de novembro de 2013
CURA DA MULHER ENFERMA
Mateus 9.20-22; Marcos 5.25-34; Lucas 8.43-48.
Uma mulher se aproximou e tocou a orla do vestido de Jesus. Era uma mulher sofredora, que há doze anos padecia de um fluxo de sangue que não lhe dava trégua. Uma hemorragia tão prolongada, numa época em que a medicina era bem atrasada, representava em sua vida uma completa falta de esperança. Quantos médicos visitados! Quanto dinheiro gasto em vão! Quanta desilusão! Fraca, desnutrida pela perda constante do sangue, complexada entre as pessoas, quase nada lhe restaria fazer. Vivia numa época em que à mulher não era dado o devido valor, muito menos no seu caso em que se sentia e se mostrava ainda mais inferiorizada.
Mas ela creu e foi o bastante. Ouviu falar de Jesus e das maravilhas que operava e, assim, resolveu buscá-Lo. Pensava consigo que, se apenas tocasse na orla de sua roupa, bastaria. Vencendo todas as dificuldades e driblando sua própria fraqueza, lá se foi atrás daquele que traria de volta a sua vida. Quanto pensamento atribulado passava pela sua mente e quanta inquietude em seu coração até que viu a Jesus!
Quantos de nós, depois de padecermos, enfrentarmos lutas vãs, inclusive contra as culpas e os pecados, ouvindo falar de Jesus, O buscamos e O encontramos. Assim nos libertamos de nossos males interiores, do peso do pecado que escraviza, da fraqueza espiritual que nos coloca fácil e constantemente nas mãos de Satanás que decide nos cirandar, com muito gosto e prontidão. Sozinhos, jamais nos libertaríamos, somos incapazes de encontrar dentro de nós mesmos algo assim, porque com o coração vazio de Jesus, pouco ou nada sobra de bom em nós.
Tocando em Jesus, o fluxo parou imediatamente e, neste mesmo instante sentiu que seu corpo estava liberto do mal. Jesus, ao sentir que de si saíra virtude, perguntou aos discípulos: “Quem me tocou?”. Nenhum deles sabia, mas, Pedro e os seus companheiros questionaram sua indagação, pois a multidão O apertava e O oprimia. Jesus não perguntou por que não soubesse, mas porque esse fato deveria se perpetuar através dos tempos, na caminhada de Jesus, entre seus grandiosos feitos, para que chegasse até nós e nos transmitisse esperança.
A mulher não conseguiria ocultar-se. Estava a felicidade estampada no seu rosto e seu corpo falava por si mesmo. Impossível quem é agraciado com as virtudes de Jesus e tocado pelas bem-aventuranças divinas se manter quieto e calado. A luz se reflete nele e se esparge alcançando outros. Esse é o mistério e o ministério da fé que é desafiadora e viva e nos leva a transpor limites que desconhecemos, porque capacita o homem e o impele a agir com confiança em Deus e nas promessas eternas com que o motiva!
Os discípulos estranharam aquela pergunta por que era muito grande a multidão que apertava o Mestre, quem sabe até empurrando-O de um lado para outro. Mas Jesus olhava para os lados para verificar sobre quem recaíra aquela grande bênção. Mas aquela mulher, em estado de graça, feliz, mas atemorizada; apaziguada, mas, tremendo de emoção, aproximou-se, prostrou-se diante dEle e contou toda a verdade. E Jesus lhe disse: “Tenha bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste mal.”.
Quando curados de algum mal, quando libertos de opressão ou de qualquer outro problema, devemos ter bom ânimo. Basta crer, para que a glória de Deus seja manifesta em nós e seremos instrumentos para ir e levar a outros a esperança. Par a ir e ensinar o Caminho da redenção aos demais que ainda não foram ou não se sentiram afortunados pelo misericordioso amor de Deus em sua vida. Louvado seja Deus!
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
JESUS ACALMA A TEMPESTADE
(Mateus 8:18; 23-27; Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25)
Havia como sempre uma grande multidão em torno de Jesus. Quando Ele viu que era gente demais, sendo tarde, ordenou que passassem para a outra margem. Entrou no barco, seguido por seus discípulos, deixando para trás a multidão. Outros barquinhos os seguiam. Passado um tempo, Jesus, talvez cansado, dormia tranquilo sobre uma almofada, quando uma enorme tempestade sobreveio e insurgia contra o barco, cobrindo-o.
Importante como os Evangelhos sempre proporcionam comparações com fatos da vida do ser humano, em qualquer época: Muitas vezes, dentro de um projeto, ou mesmo em nossa rotina, tudo se mostra tranquilo, parece fluir sem obstáculos, aí sobrevém um contratempo, ou algo inesperado para nos tirar do prumo, do sério, ou mesmo para nos sacudir de nossa rotina. Muitas vezes é tão forte o que ocorre que precisamos mudar a direção de nossa vida. Nem precisa ser algum fato trágico, basta que seja imprevisto para causar movimento.
Nesse dia foi assim. De repente, nem o céu sinalizava que viria uma chuva tão desafiadora, mas ela veio e pegou a todos de surpresa, menos àquele que, tranquilo, sobre uma almofada, descansava nos braços protetores de Seu Pai. Dá até pra imaginar o quanto titubearam sobre acordá-Lo ou não, pois O tratavam com um solene respeito e não poderiam incomodar o seu Mestre e Senhor.
O medo é algo que move ou paralisa e, naquele momento, dada a situação do barco que se enchia e a precária condição humana, superaram esse limite e O chamaram: “Senhor, salva-nos que perecemos.” Imaginaram que Jesus não importava que suas vidas acabassem ali: “Não te importas que pereçamos?”. Quantas não são as vezes que uma pessoa, abalada em sua fé, se sente abandonada por Deus, mesmo Ele estando ali, pertinho, ao alcance de seu coração, mas não O sente. É questão de crer, somente!
Homens fortes, escolhidos, mas, humanos. Quando a nossa condição humana fala mais alto do que a espiritual, o medo, a angústia e a perplexidade são multiplicados. Chegou ao ponto em que ousaram acordar O único que poderia fazer alguma coisa, e que parecia não se importar. Isso pareceu ter levado uma eternidade. Jesus os admoesta: “Por que temeis, homens de pouca fé?” . Jesus se ergue, repreende os ventos e o mar e a bonança aconteceu.
Os discípulos haviam presenciado alguns milagres, sabiam de sua ligação espiritual “simbiótica” com seu Pai, mas, pela primeira vez, constataram Seu poder também sobre a natureza, de amainar tempestades e de deter os ventos e se maravilharam e temeram: “Que homem é este que até os ventos e o mar obedecem?”.
Não devemos ser tímidos na fé, precisamos confiar ousada e positivamente em Jesus, saber que anseia pelo nosso bem e por nosso conforto espiritual. Que revolve os céus e acalma ventos, envia chuvas de bênçãos e amaina perigosas tempestades por nós, os que cremos e O seguimos de perto.
Amém por isso!
Importante como os Evangelhos sempre proporcionam comparações com fatos da vida do ser humano, em qualquer época: Muitas vezes, dentro de um projeto, ou mesmo em nossa rotina, tudo se mostra tranquilo, parece fluir sem obstáculos, aí sobrevém um contratempo, ou algo inesperado para nos tirar do prumo, do sério, ou mesmo para nos sacudir de nossa rotina. Muitas vezes é tão forte o que ocorre que precisamos mudar a direção de nossa vida. Nem precisa ser algum fato trágico, basta que seja imprevisto para causar movimento.
Nesse dia foi assim. De repente, nem o céu sinalizava que viria uma chuva tão desafiadora, mas ela veio e pegou a todos de surpresa, menos àquele que, tranquilo, sobre uma almofada, descansava nos braços protetores de Seu Pai. Dá até pra imaginar o quanto titubearam sobre acordá-Lo ou não, pois O tratavam com um solene respeito e não poderiam incomodar o seu Mestre e Senhor.
O medo é algo que move ou paralisa e, naquele momento, dada a situação do barco que se enchia e a precária condição humana, superaram esse limite e O chamaram: “Senhor, salva-nos que perecemos.” Imaginaram que Jesus não importava que suas vidas acabassem ali: “Não te importas que pereçamos?”. Quantas não são as vezes que uma pessoa, abalada em sua fé, se sente abandonada por Deus, mesmo Ele estando ali, pertinho, ao alcance de seu coração, mas não O sente. É questão de crer, somente!
Homens fortes, escolhidos, mas, humanos. Quando a nossa condição humana fala mais alto do que a espiritual, o medo, a angústia e a perplexidade são multiplicados. Chegou ao ponto em que ousaram acordar O único que poderia fazer alguma coisa, e que parecia não se importar. Isso pareceu ter levado uma eternidade. Jesus os admoesta: “Por que temeis, homens de pouca fé?” . Jesus se ergue, repreende os ventos e o mar e a bonança aconteceu.
Os discípulos haviam presenciado alguns milagres, sabiam de sua ligação espiritual “simbiótica” com seu Pai, mas, pela primeira vez, constataram Seu poder também sobre a natureza, de amainar tempestades e de deter os ventos e se maravilharam e temeram: “Que homem é este que até os ventos e o mar obedecem?”.
Não devemos ser tímidos na fé, precisamos confiar ousada e positivamente em Jesus, saber que anseia pelo nosso bem e por nosso conforto espiritual. Que revolve os céus e acalma ventos, envia chuvas de bênçãos e amaina perigosas tempestades por nós, os que cremos e O seguimos de perto.
Amém por isso!
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
CURA DE UM ENDEMONINHADO CEGO E MUDO
(Mateus 12:22 e Lucas 11:14)
As pessoas, à medida que os milagres iam acontecendo e a fama de Jesus como excelente profeta ia se espalhando, traziam cada vez mais inválidos para receberem uma cura. Certa feita, trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo. Jesus o curou, expulsando-lhe o demônio e todos se maravilharam com a sua libertação! Na verdade, não é toda doença e deficiência que é possessão demoníaca, mas, no presente caso, o era. Não adianta tentar expulsar o demônio de uma pessoa deficiente onde há causas biológicas racionalmente comprovadas, embora, curá-la Deus pode, se for de Sua santíssima vontade e for resposta de fé.
Quanto mais presenciavam os feitos de Jesus, mais ainda alguns se irritavam contra ele e O acusavam. A cura desse endemoninhado foi um forte motivo para blasfemar contra Deus: alguns diziam que expulsava por Belzebu, príncipe dos demônios; outros, pediam um sinal dos céus para acreditar.
Refletindo sobre essa passagem, vemos que, quando se é descrente e rebelde, não adianta presenciarem-se maravilhas, que nunca será suficiente. Os milagres foram realizados para que os incrédulos cressem, porém, apesar de assistirem os acontecimentos, ainda pediam um sinal dos céus. Imaginemos se Jesus apenas pregasse sem revelar o poder de Deus através dos milagres, quem haveria de crer? Havia até os que seguiam a Jesus esperando pela multiplicação de pães! Mas essa geração presente não difere muito daquela, porque hoje se conhecem os fatos, divulgados à exaustão, e há ainda os que negam a Deus e não aceitam Jesus como suficiente Salvador! Que lástima!
Jesus lhes explicava que fazia os milagres pelo dedo de Deus e os blasfemos acusavam-nO de blasfêmia contra o Pai. Havia chegado a eles, os fariseus, o Reino do Altíssimo, via Jesus, mas estavam cegos demais pela superficialidade religiosa, pelo fanatismo que impede de ver e sentir com o coração, estavam chafurdados em conceitos, práticas e doutrinas humanas, suficientes para se alijar a si mesmo, totalmente, de um poderoso processo de cura e salvação! Pobres doutores, pobres mestres, pobres poderosos!
Jesus definiu perfeitamente aquela situação dizendo: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” V.23. Com os olhos da fé não é difícil entender essa afirmação. Se um casal dentro de uma casa perderem a unidade, acabam se dissociando, se enfraquecendo e se divorciando. Como afirmou Jesus, um reino dividido, até mesmo do diabo, não subsistirá. Imaginemos o reino do amor e do bem dividido: a vida pereceria para sempre. Uma dissensão nos céus foi o suficiente para acontecer a maior e mais significativa rebelião conhecida, que transformou um ser de luz, na pior das criaturas que afeta a humanidade e a conduz para a decadência espiritual e à morte definitiva.
Diante daquela cura, Jesus ensinou aos presentes que quando um espírito imundo sai de uma pessoa, ele vaga por outros lugares, buscando repouso, e, não o encontrando, volta para a casa de onde saiu, mas não volta sozinho, traz outros sete espíritos malignos e voltam a habitar ali e a pessoa fica numa situação bem pior do que da primeira vez.
Uma citação bíblica como a cura daquele cego, deu margem para que Jesus esclarecesse muito sobre o Reino do bem e do mal e a gravidade de estar-se sob a batuta de Satanás, e sobre a tragédia humana que ele causa, tem causado e continuará causando, porque o diabo também não muda seus objetivos que é o de levar os filhos de Deus para a perdição eterna. O que devemos fazer é orar e vigiar para que o comando de nossas vidas seja outorgado ao Espírito Santo de Deus. Amém por isso!
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
O CENTURIÃO DE CAFARNAUM
(Mat. 8:5-13; Lc 7:1-10)
Um centurião na hierarquia militar romana era um membro do exército que comandava uma centúria, ou seja, um grupo de cem soldados. Era um posto importante, pois dava ordens para rápida execução, disciplinava e instruía a legião. Era uma pessoa respeitada na sociedade e, muitas vezes, condecorada.
Um servo de um comandante romano, centurião, jazia de cama, moribundo. Quando ouviu falar de Jesus e dos seus feitos, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo, que tanto estimava: "Senhor, o meu criado jaz em casa paralitico, e violentamente atormentado." Jesus lhe respondeu: "Eu irei e lhe darei saúde.".
Esses homens se aproximavam de Jesus e justificavam diante dele sobre o merecimento em receber essa graça, pois, amava aquela nação e edificara a sinagoga. Esse homem, apesar de romano, realizava boas obras, pois, de seus próprios recursos ergueu a sinagoga e também porque amava seu servo, o que era incomum entre os romanos que desprezavam e até usavam de crueldade para com seus subalternos. Era de comprovada humildade, se interessando por alguém sem prestígio na sociedade, que com nada poderia lhe retribuir.
Jesus os seguiu, porém, perto da casa, o comandante enviou uns amigos dizendo: "Senhor, eu não sou digno que entreis debaixo do meu telhado, e por isso ainda não me julguei digno de ir ter contigo; mas dize somente uma palavra e o meu criado sarará. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e a meu criado: faze isto, e ele o faz.".
Está muito claro nesse início de diálogo que o comandante romano sabia Jesus entrava novamente em Cafarnaum, depois de pregar o magnífico Sermão da Montanha. Sabia a quem buscava, quem era e o que poderia fazer pela sua casa, ou seja, pelo seu estimado servo. A fama de Jesus e Seus milagres se espalhavam entre o povo e o centurião sabia quem era Jesus.
Apenas aos olhos da fé alguém pode compreender o ministério de Jesus, a sua missão terrena e o Seu amor pelo ser humano. Aquele comandante sabia que Jesus, estando ligado ao Pai em poder, poderia curar seu empregado, mandando apenas com uma palavra. E que, com a autoridade concedida por Deus, não precisaria estar lá para que o milagre acontecesse: a Palavra é o poder de Deus. Isso serve para nós hoje, pois Deus não muda, como sua Palavra que também permanece. Basta crer para conhecermos seus efeitos em nossa vida!
Jesus se maravilhou com o que ouviu, tanto que disse para aqueles que O seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. Jesus completa dizendo que muitos estarão assentados à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus e que os outros serão lançados nas trevas exteriores, onde há choro e ranger de dentes.
Jesus promete estar conosco em nossas dores, livrando-nos da opressão do mal, de nossos flagelos físicos, existenciais e morais e ainda nos promete o melhor para os que O aceitam e obedecem, a vida eterna no Reino que para estes será preparado, desde a fundação do mundo.
"Vai e como crestes te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou" foi o que Jesus disse ao homem, agora tranquilo, porque acreditava naquele a quem buscou de coração aberto. A bênção e o milagre ocorrem segundo a nossa fé. Se a fé for pequena, devemos suplicar a Deus para que seja aumentada, pois tudo será feito conforme cremos.
sábado, 26 de outubro de 2013
CURA DA MÃO RESSEQUIDA
Mat. 12:9-13; Mc 3:1-5; Luc 6:6-10
Quando se está na presença de Deus, servindo ao bem, nossa mente e coração anseiam pelo que é bom, certo e justo. Pelas atitudes se conhecesse a pessoa e de que lado ela está, se do bem ou do mal". Conforme Jesus falou, pelos frutos se conhece a árvore: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do mau tesouro tira o mal. Porque, do que está cheio o coração, disso é que fala a boca." Lucas, 6: 43-45.
Naquele dia, Jesus chegava outra vez à sinagoga, depois de Ele e seus discípulos terem sido recriminados por colher e comer espigas num dia de sábado. Novamente, sob a mira de acusadores, foi interrogado pelos judeus que assim o interpelaram: "É lícito curar nos sábados?".
Jesus sabia o pensamento e o posicionamento dos escribas e fariseus diante da lei e, com extremada sabedoria, tocou num ponto crucial para eles, ou seja, um prejuízo material, na tentativa de fazê-los compreender. "Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela e a levantará? E continuou: "E quanto mais vale um homem do que do que uma ovelha"? É, por consequência lícito, fazer bem nos sábados."
Aquela gente vivia procurando uma razão para acusá-lo de desordeiro, violador da lei e sempre estavam na expectativa de presenciar um ato de transgressão ou impiedade diante de Deus. E, aquela ocasião parecia propícia, pois, estava presente na sinagoga um homem que tinha a mão direita ressequida (mirrada). Os fariseus e os demais observavam como Jesus iria se comportar diante daquele homem com deficiência, se o curaria ou não. Mas não deu outra. Jesus se aproximou dele e pediu que ele estendesse sua mão, enquanto olhava para todos em redor: "Levanta-te e fica em pé no meio". Prontamente ele atendeu e sua mão ficou perfeita e sã como a outra.
Muitas vezes, não adianta estender a nossa mão cheia de feridas emocionais, de calos existenciais, carente de dons, mas importa vir para o meio e permanecer de pé. No meio da perseverança em seguir Jesus, meio da disposição de caminhar com Ele e para o meio do desejo de amar a Deus, servindo prontamente e de coração ao nosso próximo.
Jesus os interrogou dizendo: "Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?". O Senhor quis mostrar-lhes que, ao contrário do que praticavam, o sábado realmente foi reservado para o descanso do homem no Senhor, para que possa, principalmente, se dedicar ao bem e que nada de mal fazia que violasse a lei. Preservar a vida e libertar da opressão é uma tarefa a que o crente deve se dedicar em todos os dias de sua vida.
Bastou aquele acontecimento para os fariseus, cheios de furor, se reunir em conselho contra Ele para O matarem. Mas Ele ignorou, retirou-se dali, seguido por uma grande multidão, e, sem se deter, curou a todos os necessitados, fazendo o bem aos necessitados, independentemente de ser sábado aquele dia.
Jesus anseia por nos curar, trazer para nós qualidade de vida no sentido físico, moral e, principalmente, espiritual. Muitos buscam pela bênção material, quando na verdade, o de que necessitam primeiramente é de uma bênção espiritual. Buscar o Reino de Deus em primeiro plano acarreta para nós um acréscimo incontável de bênçãos, mas, muitos, erroneamente, buscam a solução de uma forma equivocada. Misericórdia, Senhor, para com todos!
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