(Mateus 15.32-39; Marcos 8.1-9)
Os milagres continuavam se realizando
e, quanto mais proibia a sua divulgação, muito mais pessoas chegavam aos pés de
Jesus. Eram necessitados, tais como coxos, cegos, mudos, aleijados e outros que
eram curados. Não era para menos, nunca haviam visto poder nenhum transformar
aleijados em pessoas perfeitas, sem deficiência, por isso glorificavam o Deus
de Israel.
Jesus é a
própria misericórdia, pois, enquanto seus discípulos se mostravam despreocupados,
embora na primeira multiplicação, eles é que procuraram a Jesus para cobrar uma
atitude, Jesus se manifestou. Então, Ele os chamou e falou de compaixão,
dizendo que há três dias aquela multidão estava ali, longe da cidade, muitos
vinham de terras distantes e não podia despedir o povo com fome, pois poderia
desfalecer pelo caminho. Claro que, alguém intimamente ligado ao Pai do céu,
jamais esqueceria o cuidado com os semelhantes. Quem se diz amar a Deus deve
ter uma vida de comprometido com o amor, para não se fazer de mentiroso.
Os discípulos,
na sua incredulidade, novamente questionaram o Mestre, dizendo que não tinham
como conseguir pães para saciar a fome de tanta gente! Incrível porque era essa
a segunda vez que multiplicaria pães e peixes: Como poderiam questioná-Lo, se
haviam presenciado essa mesma situação e conheciam o Seu poder de
multiplicação? Mas Jesus ignorou esse detalhe, porque conhece a dureza de nosso
coração que, depois de sermos agraciados com tantas bênçãos, ainda temos
dúvidas se de novo virá ao nosso socorro em outras necessidades! Que seria de
nós sem a misericórdia de Deus?
Jesus foi
direto ao assunto: Quantos pães tendes? E eles lhe disseram: Sete e um pouco de peixinhos.
Era o suficiente. Jesus mandou que se assentassem no chão. Tomou os pães,
partiu-os e os abençoou; igualmente, tomou os peixes e, dando graças, os deu a
seus discípulos que distribuíram para todos. Um exemplo maravilhoso de Jesus para
todos nós, porque não comia sem ter dado graças aos céus. A gratidão é fundamental
e tudo que temos, que chega a nossas mãos é permissão de Deus, ou melhor, é
bondade de Pai para conosco.
Jesus poderia
fazer chover peixes e pães, como aconteceu com o maná que caiu do céu, quando da
peregrinação no deserto, quis multiplicar a partir de algo que existia, que
traziam consigo, ou seja, pães e peixes reais. Conosco também, Ele cuida de
multiplicar nossa fé, se o pedirmos; nossos dons, se os disponibilizamos,
nossas esperanças, se cremos; nossa capacidade de amar, se despojamos de nosso
egoísmo e vontade própria, e nos voltamos para o nosso próximo.
Todos
comeram e se fartaram e ainda sobraram sete cestos cheios. Isso porque Jesus
faz muito mais por nós do que carecemos, e aquelas pessoas, em número de quatro
mil homens, mais mulheres e crianças puderam seguir saciados. É assim que Jesus
faz: sacia-nos em nossas necessidades terrenas e, muito mais, nas espirituais,
pois nos preenche o espírito e despede o vazio do nosso coração. Após esses
acontecimentos, entrou no barco e seguiu para Magdala.
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