LIVRO: UM PEREGRINO EM MINHA PRAIA

sábado, 23 de novembro de 2013

CURA DE UM HIDRÓPICO


                       

                                           (Lucas 14:1 a 6)

         Era sábado. Jesus entrara na casa de um dos principais dos fariseus para comer pão. Como sempre, Jesus estava na mira dos fariseus e dos doutores da lei. Entre as pessoas, um homem hidrópico, sofria de hidropisia. Essa doença caracteriza-se por acumulação anormal de líquido seroso nas cavidades do corpo ou nos tecidos, causando inchaço.

         Antes que fosse interpelado pelos seus acusadores, Jesus os interpelou: “É lícito curar no sábado?”. Eles, porém, se calaram. Jesus o tomou, curou-o e o despediu.  Acredito que se silenciaram para que Jesus seguisse em frente no seu intento, para ter mais um motivo, forte para eles, de  O condenarem. Jesus curou o homem por compaixão, mesmo sabendo que, por esse ato, o acusariam.  A vida humana, Jesus mostrou, é mais importante do que a sobrecarga que acrescentavam à lei de Moisés.  A lei   ordenava  que não trabalhassem no sábado, eles inventaram o resto. Preocupavam-se  tanto com os pormenores, que esqueciam o essencial: a lei do Amor!

         Jesus, conhecendo todos os pensamentos daquelas pessoas, disse: “Qual será de vós o que, caindo-lhe no poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”. Continuaram calados, sem ter o que dizer. Aquela gente era muito ligada aos bens materiais e Jesus conhecia o coração de cada um deles. Não salvariam o animal por compaixão, mas, por temer o prejuízo. Quanto mais não vale o ser humano?

         Essa doença, popularmente conhecida como barriga d’água, é muito triste, pois, causa uma má aparência, a água se concentra nos tecidos, sendo mais visível no ventre, projetando-o. A pessoa sofre de  dor abdominal difusa, perde o apetite, sente náuseas, tem dificuldade para respirar, principalmente quando se deita, por causa da pressão que o líquido exerce sobre o diafragma, segundo especialistas. como esse homem sofria!

         Entre a vida e a desgraça, Jesus escolhe a vida. Curar uma pessoa, libertando-a do mal é a prática do bem que deve prevalecer sobre as outras determinações, porque Jesus quer que todos tenham vida em abundância. Para a prática do bem, não existe momento ideal, nem hora, nem dia, mas sempre que encontramos algum necessitado.

         Para praticar a cura e beneficiar essa pessoa, de quem nem sabemos o nome, Jesus não esperou que ele pedisse, suplicasse com desespero, mas reconheceu o seu mal, sentiu suas necessidades e se dirigiu a ele para acabar com aquele flagelo. É assim que devemos agir, dirigirmos às pessoas carentes, talvez até de uma palavra animadora, com sinceridade e não economizar no carinho e na dedicação. O melhor dos exemplos, Jesus nos deu: amar sem limites!

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